Ministro do STF adia decisão sobre o indulto de Natal
Votação iniciada nesta quarta-feira decidia perdão para crimes de colarinho branco
Pleno.News - 29/11/2018 18h56 | atualizado em 29/11/2018 18h57

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu adiar a votação a respeito da validação do indulto de Natal, nesta quinta-feira (29). De acordo com a mudança proposta pelo presidente Michel Temer, em 2017, presos por corrupção, lavagem de dinheiro ou desvio de dinheiro público poderiam ser libertados e ter suas penas e condenações extintas.
Oito ministros votaram neste segundo dia de votação. Gilmar Mendes, Rosa Weber, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio e Celso de Mello foram favoráveis à manutenção do texto. Apenas Edson Fachin e Luís Fernando Barroso, relator do caso, se mostraram contrários a conceder liberdade aos criminosos. Apesar do resultado, o ministro Luiz Fux pediu mais tempo para estudar o processo, adiando assim a decisão para uma data ainda não definida.
Tal medida, se aprovada, pode causar a ruína da Operação Lava Jato, como afirmou o procurador da República, Deltan Dallagnol. Após o anúncio da suspensão, Dallagnol usou as redes sociais para parabenizar os ministros Barroso e Fachin por se mostrarem firmes contra a corrupção.
– Parabéns aos ministros Barroso e Fachin pelos votos firmes contra a corrupção. Ainda assim, o STF se encaminhava para permitir a abertura das celas da Lava Jato pelo presidente Temer neste fim de ano. No fim, graças ao pedido de vista do ministro Fux, é possível que a Lava Jato seja salva – declarou o procurador.
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