Henrique Gimenes - 08/02/2023 19h18 | atualizado em 09/02/2023 11h50

Apesar das últimas críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, o governo federal não quer acabar com a autonomia da instituição. Pelo menos é o que garante o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Nesta quarta-feira (8), Padilha afirmou que a gestão petista não pretende modificar a legislação para acabar com a autonomia do banco. O ministro apontou que o BC deve seguir o que está definido na legislação.

– Não existe qualquer discussão dentro do governo sobre mudança da lei do Banco Central. Existe sim uma vontade de aquilo que está nos objetivos do Banco Central seja cada vez mais perseguido por todos – explicou Padilha.

O assunto foi abordado pelo ministro durante conversa com jornalistas após a primeira reunião do Conselho Político de Coalizão, grupo composto por ministros, presidentes de partidos da base do governo e líderes do Congresso.

Nos últimos dias, Lula passou a criticar Campos Neto após o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manter a atual taxa de juros, a Selic, em 13,75%. Lula, no entanto, não pode remover o atual presidente do banco, já que ele foi eleito para um mandato de quatro anos e permanecerá no comando da instituição por mais dois anos.

Padilha explicou que essa legislação será cumprida.

– Não existe nenhuma iniciativa do governo de mudança da lei atual do Banco Central e nenhuma pressão sobre o mandato de ninguém. A lei estabelece que tem mandatos que serão cumpridos – ressaltou.

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