Ministro Bebianno afirma que “tendência” é ser exonerado
Ele também negou ter vazado qualquer conversa privada e disse que recebeu a decisão com perplexidade
Henrique Gimenes - 16/02/2019 14h20 | atualizado em 16/02/2019 14h21
No centro de uma crise no governo Jair Bolsonaro, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, afirmou que a tendência é ele ser realmente exonerado na segunda-feira (18). A declaração foi dada neste sábado (16).
Na sexta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro decidiu exonerar o ministro por ele ser o pivô de uma crise após matéria do jornal Folha de S.Paulo. A reportagem aponta que Gustavo Bebianno estava envolvido no uso de candidatos “laranjas” pelo PSL nas eleições do ano passado.
Antes da demissão, Bolsonaro se reuniu com o ministro e, de acordo com o jornal O Globo, chegou a oferecer uma diretoria em Itaipu. Ele recusou.
Ao falar sobre o assunto, Bebianno afirmou que recebeu a decisão do presidente Jair Bolsonaro “com perplexidade”, mas que sua consciência está tranquila no episódio ocorrido nas eleições.
– Eu não vou ficar batendo boca com ninguém. Cada um acredite no que quiser. A minha consciência está tranquila, trata-se de bom senso, trata-se da lei, do estatuto do partido. Tanto assim, no caso de Minas Gerais, o Marcelo Álvaro Antônio, por que não sou culpado então? – questionou.
O ministro também negou ter vazado qualquer conversa privada que teve com o presidente Jair Bolsonaro. Disse ainda que não é o responsável pelo uso de laranjas nas eleições e criticou o jornal Folha de S.Paulo.
– Se for provado algo contrário a responsabilidade não é minha, não é da nacional, isso não existe. Simplesmente a Folha de S.Paulo tenta forçar, induzir essa coisa, mas não é verdade. Simplesmente a Folha de S.Paulo consegue atingir a honra de uma pessoa de bem porque, porque na política a gente sabe como as coisas funcionaram ate aqui. Então a política é muito mal vista – ressaltou.
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