“Mentiras declaradas”, diz Cunha sobre carta de Dilma a Temer
"Eu desafio a incompetente ex-presidente, afastada pelos seus crimes, a provar as suas novas mentiras", rebateu ex-deputado
Gabriel Mansur - 23/07/2022 22h03 | atualizado em 25/07/2022 13h53
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB), criticou a nota divulgada nesta sexta-feira (22) pela ex-presidente da República, Dilma Rousseff (PT), em que rebate declarações do também ex-presidente, Michel Temer (MDB), sobre o impeachment em 2016. Cunha afirma que a petista teve “muita cara de pau” e que “deveria se corrigir e parar de mentir” a respeito da carta.
Em outras postagens, o emedebista ainda xingou a ex-presidente e a desafiou a apresentar provas que embasem “suas mentiras declaradas”. Cunha foi um dos principais articuladores do processo de impeachment de Dilma, quando comandava a Câmara dos Deputados e quem deu abertura ao processo.
– É muita cara de pau da Dilma soltar uma nota me acusando de “ter querido implantar com o seu beneplácito o orçamento secreto” (…). Eu desafio a incompetente ex-presidente, afastada e julgada pelo Congresso, pelos seus crimes de responsabilidade, a provar as suas novas mentiras declaradas. Dilma deveria se corrigir e parar de mentir, como sempre fez nas suas campanhas eleitorais e como presidente da República – destacou.
E muito cara de pau da Dilma soltar nota , me acusando de : “ ter querido implantar com o seu beneplácito o orçamento secreto …”.
— Eduardo Cunha (@DepEduardoCunha) July 22, 2022
As afirmações de Cunha foram publicadas por meio de seu twitter poucas horas depois de obter uma liminar no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), quando teve seus direitos políticos restabelecidos. O ex-deputado estava inelegível desde a cassação de seu mandato em 2016. Com a decisão, ele fica liberado para disputar as eleições deste ano, mas depende ainda de decisão final do TRF-1.
Na carta em resposta ao ex-presidente Temer, seu vice durante os dois mandatos como presidente da República, Dilma o acusa de traição e que seria “inócuo afirmar que não houve golpe”, fazendo referência ao turbulento processo de impeachment que a destituiu do cargo, em 2016.
Temer afirmou, em entrevista ao UOL nesta quinta-feira (21), que a petista foi retirada do cargo por “problemas políticos”, como dificuldade de articulação com o Congresso.
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