Rafael Ramos - 26/08/2020 14h13 | atualizado em 26/08/2020 14h20

Com a filiação ao PSD suspensa, a deputada federal Flordelis virou alvo de pedidos de cassação por parte de outros parlamentares. Além de Abílio Santana (PL-BA), o deputado Léo Motta (PSL-MG) entrou com uma representação junto à Mesa da Câmara para que a mesma seja encaminhada ao Conselho de Ética.

Apontada como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, Flordelis tem sido vista como alguém sem condições de permanecer em um cargo público. De acordo com Motta, que é cristão e já integrou a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, ela não é capaz de “exercer os papéis inerentes à vida política”.

– Flordelis sempre procurou passar uma imagem de mulher cristã, comprometida com a vocação de adotar filhos e preocupada com a família, enquanto ao mesmo tempo, tinha uma postura que, a serem comprovadas as denúncias do inquérito policial, denota um coração perverso e inclinado ao crime, o que, por si só, se constitui em quebra do decoro parlamentar.

Nesta segunda-feira (24), mesmo dia em que a polícia deflagrou a operação Lucas 12 para prender os envolvidos na morte do pastor, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que os procedimentos adotados contra a parlamentar ainda serão estudados.

– Se o Judiciário pedir o afastamento, vamos decidir. Em relação ao processo, tenho que analisar para que a Câmara avalie que providências tomar – disse Maia.

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