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Médicos descartam traumatismo craniano de Roberto Jefferson

Ele teve uma queda dentro de sua cela e precisou ser transferido para um hospital particular

Pleno.News - 05/06/2023 18h16 | atualizado em 05/06/2023 18h46

Roberto Jefferson chega ao hospital particular, neste domingo Foto: Reprodução/CNN Brasil

Médicos responsáveis pelo atendimento ao ex-deputado federal Roberto Jefferson descartaram, nesta segunda-feira (5), a possibilidade de traumatismo craniano. Preso em Bangu 8, na capital carioca, ele teve uma queda dentro de sua cela e precisou ser transferido para o hospital particular Samaritano de Botafogo neste domingo (4).

De acordo com a sua advogada, Patrícia Rivoredo, ainda não há um diagnóstico fechado sobre a saúde de Jefferson. A fratura no crânio foi descartada por meio de uma tomografia. Depois da queda, na última sexta-feira (2), o ex-deputado estava “com quadro de confusão mental, relatando ouvir vozes com mensagens inconsistentes com a realidade [alucinação auditiva]”, diz o laudo médico.

Ele deve passar também por outros exames, para rastrear possíveis tumores. Jefferson perdeu 16 quilos durante os sete meses em que está preso. De acordo com a sua filha, Cristiane Brasil, ele está com pouco mais de 56 quilos. Pelas fotos divulgadas pela Secretaria de Administração Penitenciária, o ex-petebista tem quase 1,80 m.

Entre os dias 21 e 23 de outubro de 2022, o ex-deputado protagonizou uma série de atos que o levaram de volta à prisão. Na noite do dia 21, sexta-feira, ele divulgou um vídeo nas suas redes sociais chamando a ministra do Supremo Cármen Lúcia de “bruxa” e comparando-a com uma prostituta, por causa do voto que ela deu em um caso envolvendo a Jovem Pan. Na ocasião, a magistrada ficou ao lado de seus pares na Corte e proibiu a empresa de comunicação de se referir a Lula por meio de termos considerados pejorativos, o que revoltou Jefferson.

Preso no âmbito do inquérito das milícias digitais, o ex-petebista havia conseguido ir para a prisão domiciliar em janeiro de 2022, por causa do seu estado de saúde. No entanto, ele descumpriu as normas estabelecidas pelo ministro Alexandre de Moraes para ter a benesse. Jefferson não poderia ter redes sociais e tampouco se comunicar com quaisquer pessoas fora de sua residência.

O desfecho do episódio aconteceu no domingo, dia 23. Moraes ordenou o retorno do ex-deputado para o regime fechado, mas ele resistiu à prisão. Agentes da Polícia Federal foram recebidos a tiros de fuzil e granadas na sua residência em Levy Gasparian, no Rio. Durante a semana, quando Jefferson já estava preso, foram apreendidas 7,6 mil munições para armas de diversos calibres na sua residência.

Figura antiga no cenário político, o ex-deputado foi o delator do Mensalão, esquema de pagamento de propinas no Congresso revelado durante o primeiro mandato de Lula. Nos últimos anos, Jefferson teve uma guinada para a direita e passou a apoiar Jair Bolsonaro.

*AE

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