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Marun: ‘Temer não recorrerá da quebra de sigilo bancário’

Para o ministro, medida poderia servir de munição para adversários políticos

Henrique Gimenes - 06/03/2018 17h32 | atualizado em 06/03/2018 21h04

Ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, diz que presidente Michel Temer não irá recorrer de decisão que quebrou seu sigilo bancário Foto: Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou, nesta terça-feira (6), que o presidente Michel Temer não irá recorrer da abertura de seu sigilo bancário. Para ele, a medida poderia servir de “munição para a hipocrisia dos nossos adversários”.

A decisão foi tomada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, no dia 27 de fevereiro e faz parte do inquérito em que o presidente é investigado por causa de uma Medida Provisória (MP) com alterações nas regras do setor portuário. Segundo Marun, a quebra do sigilo é abusiva.

– Não obstante o caráter evidentemente abusivo e até absurdo dessa decisão, o presidente decide, à princípio, pelo menos até o presente momento, não recorrer dessa decisão e, já que não tem nada a esconder, mantém a decisão ontem tomada de abrir o seu sigilo bancário à população brasileira por meio da imprensa – ressaltou.

A abertura do inquérito dos portos foi pedida pela procuradoria-geral da República (PGR) ainda na gestão de Rodrigo Janot. Para a Procuradoria, há indícios de que Michel Temer teria cometido crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro na edição do decreto com regras do setor de portos. A empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos, teria sido a beneficiada.

O ministro também apontou o fato de que o pedido da quebra de sigilo não foi feito pela PGR. Para Carlos Marun, o ministro Barroso decidiu pela abertura “sem que fosse adotado o mínimo de espírito de cautela”.

– Outra questão que nos preocupa também é que, a princípio, a procuradoria- geral da República não solicitou essa quebra de sigilo bancário. Foi decisão judicial, sem que houvesse pedido para tanto – destacou.

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