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Marun: “Operação é complô contra o presidente Temer”

Ministro da Secretaria de Governo criticou as prisões realizadas pela Polícia Federal

Henrique Gimenes - 29/03/2018 20h54

Ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun fez críticas à operação da PF Foto: Agência Brasil/Wilson Dias

Na noite desta quinta-feira (29), o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, fez críticas à operação Skala, que prendeu pessoas ligadas ao presidente Michel Temer. Para ele, a operação da Polícia Federal (PF) é um “complô” contra o governo.

A operação faz parte do inquérito que investiga a edição de um decreto, editador por Temer, que alterou regras do setor portuário. De acordo com Marun, a ação desta quinta demonstra que os “canhões da conspiração” estão dirigidos ao governo.

– Há cerca de uma semana têm sido vazadas situações referentes a mais uma situação de absoluto desrespeito à legalidade. Eu entendo que isso faz parte sim de um enredo, de um complô. Tenho absoluta desconfiança em prisões que ocorrem em véspera de feriado. Tenho absoluta desconfiança desses tipos de prisões porque véspera de feriado não é lugar de fazer prisão temporária – ressaltou.

A abertura do inquérito dos portos foi pedida pela procuradoria-geral da República (PGR) ainda na gestão de Rodrigo Janot. Para a Procuradoria, há indícios de que Michel Temer teria cometido crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro na edição do decreto com regras do setor de portos. A empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos, teria sido a beneficiada. Carlos Marun, no entanto, nega.

– O decreto dos portos não beneficia a Rodrimar. Ou seja, é investigação de um assassinato sem cadáver. Na ausência de cadáver, se tenta recuar no tempo e desenterrar algum cadáver já sepultado numa situação absolutamente desconforme com o que estabelece a Constituição – apontou.

O ministro ainda destacou que, mesmo com as operações, o presidente Temer ainda pode disputar a reeleição.

– Se houver imparcialidade, se houver respeito à lei, o presidente será inocentado ao final destas investigações – afirmou.

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