Thamirys Andrade - 14/01/2022 16h10 | atualizado em 14/01/2022 17h04

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, classificou como “marketing” o evento realizado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), nesta sexta-feira (14), para a vacinação da primeira criança brasileira. Na avaliação de Queiroga, o gestor paulista utiliza as vacinas fornecidas pelo governo federal como “palanque político” para se promover.

– O político João Doria subestima a população. Está com as vacinas do governo federal e do povo brasileiro em mãos fazendo palanque. Acha que isso vai tirá-lo dos 3%. Desista! Seu marketing não vai mudar a face da sua gestão. Os paulistas merecem alguém melhor – declarou o ministro.

Queiroga também disse que as vacinas pediátricas chegaram ao Brasil “em tempo recorde”.

– As vacinas pediátricas chegaram ao Brasil em tempo recorde! Logo após autorização da agência reguladora, a farmacêutica começou a produzir as doses e garantiu que esse era o melhor cronograma possível. O Ministério da Saúde garante que todos os pais que quiserem vacinar [seus filhos] terão [as] vacinas – assinalou.

A primeira criança imunizada no Brasil foi Davi Seremramiwe, de 8 anos. O menino é indígena da etnia Xavante e possui deficiência motora. Na ocasião, mais sete crianças com comorbidades foram imunizadas.

Em coletiva de imprensa logo após o evento, Doria teceu críticas ao governo federal, chamando-o de “desumano”.

– Me perdoem expressar aqui a minha indignação. Isso é um ato desumano. Um governo que retarda a vacina para crianças por princípios ideológicos é um governo desumano. Se tivéssemos começado imediatamente após a aprovação da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que aprovou no início de dezembro [na verdade, 16 de dezembro] a vacinação, a imunização com a vacina da Pfizer nas crianças dessa faixa etária, hoje todas as crianças do Brasil estariam vacinadas, pelo menos com uma dose. Lamentável atitude – afirmou o tucano.

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