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Marinho: Falta revelar ainda quem se omitiu no 8 de janeiro

Líder da oposição no Senado quer punição para todos os envolvidos no atos radicais

Marcos Melo - 01/05/2023 11h54 | atualizado em 02/05/2023 17h04

Rogério Marinho Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-ministro e líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), em entrevista publicada pelo jornal O Globo, neste domingo (1º), cobrou a identificação e punição de todos os envolvidos nos ataques radicais em 8 de janeiro, no Distrito Federal.

O parlamentar falou sobre a incisiva busca da oposição em instalar a CPMI, já que “a página que não foi virada ainda é quem se omitiu”. Marinho também enfatizou “o fato de que houve um crime perpetrado contra as instituições”.

Questionado se enxerga alguma responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos atos do dia 8 de janeiro, o senador destacou que a cobrança por declarações mais calorosas só existe contra um lado, o outro goza de salvo-conduto para se expressar sem que haja repressão.

– Vi tanta retórica de membros do PT dizendo que iam fechar o Congresso, prender ministros do STF. A gente não viu essa indignação. Se alguém fala algo que me chateia, constrange, eu quero ter a oportunidade de contraditar essa pessoa, mas respeitar o fato de que ela pode falar. O que acho que não pode acontecer? Por exemplo, fazer apologia ao nazismo todos sabemos que é criminoso, imoral, a nossa legislação proíbe. O nazismo matou 1 milhão de pessoas. O comunismo matou também – disse.

Marinho falou sobre a dificuldade de exercer o papel de oposição no Senado diante de um governo que não tem projetos, e criticou duramente o modus operandi da gestão petista em governar por medidas arbitrárias.

– Fazer oposição a quê? Se o governo não apresenta pautas. O governo tem se notabilizado nos últimos quatro meses em tentar driblar o ordenamento institucional do país. O governo se propõe a mudar a questão do saneamento por decreto, contra o espírito da lei. É um governo da ilegalidade, do desprezo ao rito parlamentar – pontuou.

No seu entendimento, o “governo está com medo do Parlamento”, “está com medo de testar as suas posições ideológicas”.

Sobre o novo arcabouço fiscal apresentado pelo governo, Marinho foi enfático ao dizer que não há a menor chance de ser aprovado o texto tal como foi concebido, porque o mesmo permite a irresponsabilidade fiscal sem que haja punição. Ele também alertou para o risco de recessão em razão das ações econômicas da atual gestão.

– O governo apresenta o arcabouço que ele simplesmente afasta a Lei de Responsabilidade Fiscal, permite ser irresponsável fiscalmente. Estamos repetindo os mesmos métodos da mesma forma que levaram à recessão de 2015. O governo não acordou ainda de que o filme está se repetindo.

Quando perguntado sobre a possibilidade da Justiça tornar Bolsonaro inelegível, o parlamentar afirmou que se tal fato ocorrer, será “uma violência contra uma parte considerável do eleitorado brasileiro”.

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