Leia também:
X RN: 2 homens são carbonizados em queda de avião ultraleve

Marília Mendonça: O que se sabe até agora sobre o acidente

Investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos não tem prazo para terminar

Paulo Moura - 08/11/2021 13h56 | atualizado em 08/11/2021 14h17

Avião com Marília Mendonça caiu no interior de MG Foto: Reprodução/Facebook Super Canal

Na última sexta-feira (5), o avião modelo Beechcraft King Air C90A, que levava a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, caiu ao lado de uma cachoeira em Caratinga, cidade mineira onde a cantora faria um show naquela noite. Todos os ocupantes da aeronave morreram.

O acidente ocorreu por volta das 15h, mas a morte de Marília e a das demais pessoas que estavam no avião só foram confirmadas por volta das 18h, tanto pelo Corpo de Bombeiros de MG quanto pela assessoria de imprensa da artista. Antes de informar sobre os óbitos, a equipe da cantora chegou a dizer que todas as pessoas que estavam na aeronave haviam sido resgatadas com vida.

AS VÍTIMAS DO ACIDENTE
Além de Marília Mendonça, de 26 anos, morreram na queda seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, sem idade confirmada; o produtor Henrique Ribeiro, de 32 anos; o piloto do voo, Geraldo Martins de Medeiros Júnior, de 56; e o copiloto do voo, Tarciso Pessoa Viana, de 37. A Polícia Civil informou que todos já estavam mortos quando o resgate chegou ao local.

O médico-legista Pedro José Fernandes Nunes Coelho, do Instituto Médico-Legal de Caratinga, responsável pelas autópsias nas vítimas, disse que ainda não é possível afirmar qual tipo de ferimento causou as mortes, o que deve acontecer em cerca de 20 dias, quando os exames de sangue, urina e vísceras serão concluídos.

INVESTIGAÇÃO E POSSÍVEIS CAUSAS
O capitão da Polícia Militar, Jefferson Luiz Ribeiro, afirmou que a aeronave caiu ao tentar realizar um pouso forçado. Segundo Ribeiro, o piloto teve problemas ao aterrissar no aeroporto, localizado a cerca de dois quilômetros do local do acidente.

Ainda na sexta, a Cemig, companhia energética mineira, afirmou em nota que o bimotor atingiu um cabo de uma torre de distribuição da companhia, além de dizer que a torre “está fora da zona de proteção do aeródromo de Caratinga, nos termos de portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do Comando da Aeronáutica Brasileira”.

Dados cadastrados no Rotaer, um manual sobre todos os aeródromos do país, indicam dois obstáculos temporários no entorno do aeroporto, uma antena e uma torre. Há também registro de um obstáculo não iluminado, um morro, como uma notificação de que a informação deve ser observada por quem voa no local.

De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o avião não tinha caixa-preta, mas possuía um equipamento de geolocalização que pode indicar coordenadas que confirmem por onde a aeronave passou. Além da investigação aeronáutica, a Polícia Civil também está investigando o caso para apurar possíveis responsabilidades criminais.

MODELO DO AVIÃO
Fabricado em 1984, o bimotor que transportava Mendonça pertencia à empresa PEC Táxi Aéreo, cuja sede fica em Goiânia, onde a cantora vivia e de onde a aeronave tinha decolado. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave tinha autorização para realizar o serviço de táxi aéreo.

A aeronave, de modelo C90A, custa em torno de 2,5 milhões de dólares, o equivalente a R$ 13,8 milhões. De acordo com o gerente técnico da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Raul Marinho, este é um dos modelos de bimotores mais seguros do mundo. Em dez anos, houve apenas 15 acidentes no Brasil com o modelo.

O Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade da aeronave era válido até 1º de julho de 2022.​ A empresa já havia recebido uma denúncia anônima sobre as condições do avião que levava Marília Mendonça. A Anac, no entanto, afirmou que um suposto problema no para-brisa do avião foi rejeitado, após ter sido constatado que a peça havia sido trocada.

EMPRESA ELOGIOU PILOTOS
A empresa PEC Táxi Aéreo, de Goiânia, dona da aeronave que caiu, elogiou o trabalho dos dois profissionais e afirmou que “a tripulação engajada na operação tinha grande experiência de voo e também estava devidamente habilitada pela Anac [Agência Nacional de Aviação Civil], com todos os treinamentos atualizados”.

Leia também1 Paes autoriza rodas de samba no Rio: “Tá liberada a p**** toda”
2 Frias proíbe passaporte vacinal em eventos com Lei Rouanet
3 Arthur Lira critica ‘interferência indevida’ do STF no Congresso
4 Por que nos emocionamos tanto e sentimos a morte de famosos?
5 Miss foi excluída de cerimônia por tentar golpe, afirma estilista

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.