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Pastor Márcio Poncio publica carta aberta e defende anistia

Texto é direcionado ao presidente Lula

Pleno.News - 08/04/2025 15h26 | atualizado em 09/04/2025 08h35

Márcio Poncio Foto: Reprodução/ Print de vídeo Instagram Márcio Poncio

Nesta terça-feira (8), o pastor Márcio Poncio publicou uma carta aberta direcionada ao presidente Lula (PT). No texto, ele defende anistia para os presos do 8 de janeiro de 2023.

O parlamentar se manifestou por meio das redes sociais. Poncio pede que a Justiça reconsidere as condenações dos envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado.

– Ao senhor presidente Luiz Inácio Lula da Silva, honoráveis membros da Suprema Corte, autoridades constituídas desta nação, povo brasileiro, irmãos e irmãs de todas as cores, crenças e sonhos; com o coração cheio de humildade e o espírito respeitoso, dirijo-me hoje, não como uma voz isolada, mas em confraternização com tantas outras que ressoam por este Brasil – destacou.

E acrescentou:

– Venho com a leveza da esperança que nos mantêm de pé, mesmo nos dias mais sombrios. Sinto-me na obrigação de falar em nome daqueles que, no dia 8 de janeiro, se viram em meio a um turbilhão de emoções, ideais e escolhas. Falo dos nossos irmãos brasileiros, cidadãos como eu e vós, que, em sua essência, acreditaram estar defendendo algo maior: esta nação que nos une, esta democracia que, com suor e lágrimas, construímos juntos.

Ele também citou a Bíblia.

– Não há entre nós quem não deseje o melhor para o Brasil, ainda que os caminhos que escolhemos por vezes se cruzem em conflito. A Bíblia nos ensina, com sabedoria divina, que no campo da vida crescem juntos o trigo e o joio. Mas nos ensina também a olhar prioritariamente para o trigo, para o que é bom, para o que é puro. Olhar para o joio nos desvia de nossa essência, que jamais poderá ser perdida. E eu vejo trigo em muitos dos nossos irmãos presos. Vejo brasileiros que, como nós, amam esta terra, que têm famílias, que sonham com um futuro de paz. Sim, houve erros, houve excessos, e o joio se misturou ao trigo. Mas cabe a nós, como nação, separar com justiça e misericórdia o que pode ser salvo do que deve ser corrigido. Senhor presidente, senhores da Suprema Corte, vós sois as autoridades constituídas, os guardiões da ordem e da Justiça, mas também os portadores da chama que pode reacender a união entre nós.

Poncio quer que, se possível, a anistia seja um “gesto generoso que cicatrize as feridas de um povo dividido”.

– Peço-lhes, com humildade e respeito de quem acredita no poder da redenção, que olhem para esses brasileiros com os olhos de quem vê irmãos, não apenas réus. Se for possível, que a anistia seja o gesto generoso que cicatrize as feridas de um povo dividido. Que ela seja o símbolo de um Brasil que escolhe perdoar para poder avançar. E, se a anistia não for o caminho, que as penas sejam justas e exemplares, sem reações movidas por estímulos de radicais egocêntricos que só pensam em si mesmos.

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