Malta: “Se 8/1 fosse golpe, irmã Ilda seria presidente”
A idosa ficou famosa por orar e evangelizar na porta do QG do Exército em Brasília
Leiliane Lopes - 27/06/2023 20h12 | atualizado em 28/06/2023 10h29

O senador Magno Malta (PL-ES) se mostrou indignado com as mensagens dos parlamentares que insistem em dizer que os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro seriam uma tentativa de golpe de Estado.
Na sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) desta terça-feira (27), muitas foram as afirmativas dos deputados e senadores governistas de que o Exército e o ex-presidente Jair Bolsonaro queriam tomar o poder.
Malta, então, comentou a falta de uma liderança política ou militar no ato e disse que, caso fosse um golpe de Estado, o presidente do país não seria Jair Bolsonaro, mas sim a irmã Ilda, uma senhora que ficou conhecida por orar e pregar o Evangelho na porta do Quartel-General do Exército durante as manifestações que se iniciaram em outubro.
– Irmã Ilda seria presidente da República se o golpe tivesse acontecido, porque Jair Bolsonaro já não estaria mais aqui – disse Malta ironicamente.
O senador já chegou a reconhecer a importância de irmã Ilda ao lhe conceder uma homenagem pelo Dia Internacional da Mulher. A idosa aparece em muitas fotos e vídeos sempre com sua Bíblia nas mãos, orando pelo Brasil e falando sobre fé com os patriotas que protestaram por mais de 60 dias.
Os parlamentares ouviram o coronel do Exército Jean Lawand Junior, que teve conversas com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, preso por causa da investigação sobre a carteira de vacinação do ex-presidente.
Nas conversas, Lawand e Cid falam sobre o resultado das eleições de outubro e das manifestações que se formavam na porta dos QGs do Exército. As conversas aconteceram antes do dia 8 de janeiro.
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