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Maioria do TRF4 decide manter condenação de Lula

Com voto do desembargador Leandro Paulsen, placar está em 2 a 0. Falta ainda um voto

Henrique Gimenes - 24/01/2018 16h52 | atualizado em 24/01/2018 17h49

Maioria do TRF-4 vota por manter condenação de Lula Foto: EFE/Sebastião Moreira

O desembargador Leandro Paulsen, revisor do voto sobre o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relacionado ao tríplex do Guarujá, acompanhou o voto do desembargador João Pedro Gebran Neto. Com a decisão, a maioria dos ministros da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) votou a favor a condenação de Lula.

A pena do ex-presidente também foi aumentada, de nove anos e meio de prisão para 12 anos e um mês. Lula foi condenado pelo crime de corrupção e lavagem de dinheiro. Até o momento o placar na Corte está em 2 a 0. Ainda falta o voto do desembargador Victor dos Santos Laus.

Em sua decisão, Leandro Paulsen afirma ver um “vínculo de causalidade” inequívoco entre o ex-presidente e o esquema de corrupção na Petrobras.

– Luiz Inácio acabou por ser beneficiário pessoal e direto da propina que estava à disposição do PT, por quanto parte dela foi utilizada no tríplex – apontou.

No voto do relator do processo, João Pedro Gebran Neto afirmou que a participação do ex-presidente era clara nos casos de corrupção na Petrobras. Gebran ressaltou ainda que foi Lula quem indicou diretores da companhia, como Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Jorge Zelada, que foram condenados pela Justiça.

— Há prova acima do razoável da participação no esquema. No mínimo (Lula) tinha ciência e dava suporte ao esquema da Petrobras. Há intensa ação dolosa no esquema de propinas — afirmou.

Para Lula ser preso, no entanto, é necessário que todos os recursos no TRF-4 sejam esgotados.

 

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