Maioria da CCJ cobra Alcolumbre sobre sabatina de Mendonça
Espera do ex-AGU já dura três meses
Thamirys Andrade - 11/10/2021 12h30 | atualizado em 11/10/2021 13h31

A maioria dos senadores que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) cobra que o presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (DEM), paute imediatamente a sabatina do ex-ministro André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo levantamento realizado pelo portal O Globo, 27 integrantes da comissão defendem o andamento do processo.
Já no plenário, 40% apoiam publicamente a sabatina. Dos 81 senadores, 33 disseram que Alcolumbre deve marcar a votação, quatro defenderam que cabe ao parlamentar decidir o melhor momento, 20 não quiseram se pronunciar e 24 não retornaram os contatos do jornal.
Na última semana, o senador Sérgio Petecão (PSD-AC) afirmou que a situação é injusta com André Mendonça, que segue visitando o Senado Federal em busca de apoio.
– Estou constrangido e com pena deste ministro, com ele vagando aqui nos corredores desta Casa. Isso não é justo com ele. Esse homem não merece isso. E eu não sou advogado, não o conheço, não estou advogando, agora eu não aguento mais ser colocado sob suspeição no meu estado, principalmente por algumas lideranças evangélicas que me perguntam: “Petecão, o que é que está por trás disso?” – disse.
O parlamentar Luiz do Carmo (MDB), por sua vez, destacou que os senadores não têm a opção de “devolver” uma indicação ao presidente da República, cabendo a eles apenas votar.
– Eu estou sendo cobrado em Goiás para que façam a sabatina. Nós não temos a opção de devolver um nome para o presidente. Nós temos a opção de sabatinar, aprovar ou reprovar. Como eu faço parte do Senado federal, dos 81, eu não estou dando conta agora de justificar, aqui, em Goiás, por que não estão colocando o nome do André para sabatinar.
Até mesmo senadores que afirmam que votarão contra Mendonça pedem que a sabatina ocorra logo. É o caso de Jorge Kajuru (Cidadania), que apresentou ação no STF para que a arguição seja marcada.
Espera-se que o presidente da Corte, Luiz Fux, pressione Alcolumbre acerca do tema, visto que o tribunal corre riscos de empate em diversos julgamentos, pois trabalha com apenas dez ministros atualmente.
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