Paulo Moura - 27/05/2020 13h50 | atualizado em 27/05/2020 13h59

O jornalista Allan dos Santos, do portal Terça Livre, falou nesta quarta-feira (27) sobre a operação da Polícia Federal realizada no âmbito do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF), que apura a produção de notícias falsas e ofensas à Suprema Corte. Ele classificou o fato como o “maior ataque” que o STF já sofreu.

– Nem mesmo no período do regime militar tínhamos ações como essa. Foi uma desmoralização para toda a Suprema Corte, e eu não tenho dúvida que em breve essa porcaria vai acabar – protestou.

Allan foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF em cinco estados e no Distrito Federal. Em seu relato, ele ainda destacou como a ação aconteceu em sua casa e denunciou abusos.

– Não se cale, mesmo que a Polícia Federal coloque uma arma na cara da sua esposa que está grávida – afirmou.

O jornalista questionou a legalidade da ação e declarou suspeita sobre o fato da operação ter sido deflagrada um dia depois da ação da PF contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

– Eu não tenho foro para ser investigado. Como é que toda a Corte se submete a uma ação dessa? É um absurdo. É muito político. Por que você faz uma operação desta um dia depois da ação do Witzel? ‘É para mostrar que somos apolíticos’… é uma ova. É uma ação política – disse.

Allan concluiu dizendo que não vai parar seu trabalho por conta do fato e que pretende continuar criticando os fatos que ele classificou como “destruição do país”.

– Não esperem de mim um espírito de um homem frouxo que fica chorando. Vou continuar criticando. O que está acontecendo é uma destruição do país – finalizou.

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