Henrique Gimenes - 26/11/2019 15h08 | atualizado em 26/11/2019 15h09

Nesta terça-feira (26), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, comentaram declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o AI-5. A fala ocorreu nesta segunda-feira (25) durante uma entrevista coletiva nos Estados Unidos.

Guedes comentou um discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito dos protestos no Chile e disse que as pessoas não deveriam ficar assustados se “alguém pedir o AI-5”. Toffoli criticou a declaração durante o Encontro Nacional do Poder Judiciário em Maceió.

– O AI-5 é incompatível com a democracia. Não se constrói o futuro com experiências fracassadas do passado – apontou.

Já Maia disse que a fala do ministro da Economia gera uma “insegurança na sociedade e principalmente nos investidores”. O presidente da Câmara também chamou o discurso de Lula de “radical”.

– Acho que ele [Paulo Guedes] gera uma insegurança na sociedade e principalmente nos investidores, porque usar dessa forma (a hipótese de AI-5), mesmo para explicar o radicalismo do outro lado, não faz sentido. Por que alguém vai propor um AI-5 caso o ex-presidente Lula, que eu acho que está errado porque está muito radical, estimule manifestação de rua? O que uma coisa tem a ver com a outra? Vamos estimular o fechamento do parlamento, dos direitos constitucionais do habeas corpus? Porque foi isso que o AI-5 fez. Então se tiver manifestações de rua a gente fecha instituições democráticas? – destacou.

Após dar a declaração nesta segunda, Guedes ressaltou que a “democracia brasileira jamais admitiria, jamais apoiaria o AI-5”.

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