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Maia anunciará, na próxima 2ª feira, se fica ou se deixa o DEM

Ex-presidente da Câmara contou a correligionários que deve conversar com seu grupo político no Rio antes de tomar decisão

Paulo Moura - 05/02/2021 13h49 | atualizado em 05/02/2021 15h53

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia Foto: Reprodução

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou a colegas de partido que vai revelar na próxima segunda-feira (8) se continuará ou não filiado à legenda. A decisão sairá após uma reunião que o parlamentar terá neste fim de semana com o vereador Cesar Maia (DEM), seu pai, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), e o secretário de Fazenda do Rio, Pedro Paulo (DEM).

O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (BA), confirmou que Maia avisou que fará uma reflexão junto ao seu grupo político e que, na segunda-feira, comunicará a decisão. Porém, como não há janela partidária, uma desfiliação de Maia neste momento poderá acarretar na perda de mandato. Por conta disso, a saída terá que ser negociada ou o ato precisará ser feito em outro momento.

O secretário-geral do DEM, Pauderney Avelino, disse que Maia, quando declarou que deixaria o partido, estava de cabeça quente. O ex-deputado federal e atual secretário Municipal de Educação em Manaus (AM), acredita que Maia pode ficar na legenda.

– Tive uma conversa longa com ele [Rodrigo]. Disse que, aqui no DEM, ele tem prestígio, espaço e amigos. Sair do partido não é solução para ele. A solução para ele está aqui [no DEM] – disse Avelino.

Outros correligionários disseram que a expectativa é que Maia deixe o partido, diante do clima que ficou após a eleição da Mesa Diretora da Câmara. O parlamentar tem conversado com o PSL. O Cidadania seria outra possibilidade. O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, também abriu a possibilidade a Maia. Mas não há, todavia, nenhuma definição quanto à filiação.

O ex-presidente da Câmara foi o principal articulador da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), mas não teve o apoio da bancada do DEM. No dia anterior à eleição da Câmara, o partido anunciou neutralidade, e mais da metade votou no deputado Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo Palácio do Planalto, que se elegeu presidente da Casa.

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