Maçons criticam associação que declarou apoio a Bolsonaro
Em nota, grupo também criticou a "apologia à ditadura", em referência a 1964
Pierre Borges - 31/03/2021 13h24 | atualizado em 31/03/2021 13h32
A Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB) publicou nesta quarta-feira (31) uma nota em repúdio à associação que declarou “apoio incondicional” ao presidente Jair Bolsonaro e convocou passeatas em comemoração ao regime militar de 1964. A nota afirmou que a “apologia à ditadura” afronta a Lei de Segurança Nacional, a Lei dos Crimes de Responsabilidade e o artigo 287 do Código Penal.
A nota se refere à publicação da Associação Nacional Maçônica no Brasil (Anmb), que também afirmou que “o Estado Democrático brasileiro se encontra à mercê de uma esquerda inconsequente, que assolou a nossa Pátria Amada por quase duas décadas e agora tenta ocupar, a qualquer custo, o poder”, além de convocar “todos os brasileiros” a comemorarem o movimento de 64 “neste 31 de março, que se tornará o marco mais importante das últimas três décadas da nossa nação”.
Assinada pelo secretário geral da CMSB, bem como por outros 27 membros, a instituição alega que o uso do nome da instituição maçônica para “fins ideológicos” contraria os princípios mais básicos da organização e que “o simples fato de manifestarem-se politicamente é, por si, considerado uma irregularidade maçônica”.
A CMSB afirma ainda, que a Anmb, fundada em 2015, em Brasília, “não é uma organização maçônica regular e reconhecida” e que “nenhuma entidade, pessoa ou grupo — tampouco nós — representa politicamente os maçons brasileiros”.
De acordo com o site O Antagonista, o vice-presidente da república, Hamilton Mourão, que aparece em uma foto na home do site da CMSB, afirmou que Maçonaria possui “vários segmentos” e que ele não faz parte da associação divulgou apoio ao governo.
Leia a seguir a nota na íntegra:
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