Lula rejeita cotas para mulheres em pastas de eventual governo
Petista afirmou que não assumiria compromisso de dividir de forma igualitária os ministérios
Paulo Moura - 29/08/2022 07h55 | atualizado em 29/08/2022 12h42

Neste domingo (28), durante o debate com os candidatos à Presidência da República organizado por um pool de empresas formado pelas TVs Band e Cultura, pelo portal UOL e pelo jornal Folha de São Paulo, o ex-presidente Lula (PT) foi questionado sobre promover uma divisão igualitária entre homens e mulheres nos ministérios de um eventual novo governo, mas rejeitou a ideia.
– Primeiro, não sou de assumir compromisso de indicar religioso, mulher, negro, homem. Você vai indicar as pessoas que têm capacidade de assumir determinados cargos. Eu tenho orgulho de ter indicado o primeiro negro para a Suprema Corte, a Cármen Lúcia… e poderia indicar muito mais, pode até ter maioria mulher. Não dá para assumir o compromisso numericamente – afirmou.
Como justificativa para a resposta, o petista disse que não faria a promessa antes do resultado das eleições para depois não passar por “mentiroso”, caso a promessa não seja cumprida. Já a candidata Simone Tebet (MDB), que respondia a pergunta junto com Lula, afirmou que, ao contrário do petista, se comprometia em fazer uma divisão igualitária.
– Nós temos condições de colocar 50%. E mais, nós teremos participação de negros – declarou a senadora.
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