Lula oficializa lei que institui a volta da cobrança do DPVAT
Valor que será cobrado ainda não foi definido
Paulo Moura - 17/05/2024 10h37 | atualizado em 17/05/2024 13h09

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, com vetos, a Lei Complementar 207/2024, que institui a volta da cobrança obrigatória do seguro de Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT). A medida foi publicada na edição desta sexta-feira (17) do Diário Oficial da União (DOU).
O novo seguro passará a se chamar Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT) e cobrirá indenizações por morte e por invalidez permanente, total ou parcial, além do reembolso de despesas com assistência médica, serviços funerários e reabilitação profissional das vítimas. Ainda não há previsão de qual será o valor cobrado.
Os vetos aplicados por Lula foram inseridos em dois artigos que classificavam o não pagamento do seguro no prazo estipulado pela lei como infração grave, com multa de R$ 195,23. Ao justificar a decisão, o chefe do Executivo declarou que a penalidade “contraria o interesse público, pois acarreta ônus excessivo pelo não pagamento”.
– Ressalte-se que o Projeto de Lei Complementar já prevê a obrigatoriedade de quitação do prêmio do SPVAT para fins de licenciamento anual, de transferência de propriedade e de baixa de registro de veículos automotores de vias terrestres – diz a justificativa.
O DPVAT tinha sido extinto em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde 2021, a Caixa operava o seguro de forma emergencial, após o fim do consórcio de seguradoras privadas que era responsável pelo fundo anteriormente. Os recursos arrecadados até a extinção do DPVAT foram suficientes para pagar indenizações e reembolsos até novembro de 2023. Desde então, os pagamentos estão suspensos.
Leia também1 FAB segue os Correios e suspende coleta de roupas para o RS
2 Em meio a enchentes no RS, Paulo Pimenta vai a churrascaria
3 Moraes manda soltar Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro
4 Jair Bolsonaro recebe alta do hospital e segue para Brasília
5 Governo do RS fala em construir quatro cidades provisórias