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Pleno.News - 25/01/2025 21h39 | atualizado em 27/01/2025 16h40

Lula Foto: Ricardo Stuckert / PR

As redes sociais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão mais parecidas com a do aliado e prefeito do Recife, João Campos (PSB). A mudança no tom, adotando uma linguagem mais jovem, com referências a memes e nativa da rede de vídeos curtos TikTok, vem ocorrendo após a chegada de Mariah Queiroz Costa Silva, ex-integrante da equipe de Campos.

A mudança na chefia da Secretaria de Estratégias e Redes da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) ocorreu no último dia 17, quando o novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, demitiu a antiga chefe e aliada da primeira-dama Rosângela da Silva, Brunna Rosa, do cargo.

Nos últimos dias, as postagens foram de anúncio de contrato de concessão de obra rodoviária em Minas Gerais à exaltação do cinema brasileiro pela indicação de Ainda Estou Aqui para concorrer na categoria de Melhor Filme do Oscar.

A nova linguagem inclui um tom mais informal, bate-bola entre Lula e outro personagem, além de efeitos sonoros, cortes rápidos, inserções de elementos visuais e movimentos de câmera dinâmicos. As legendas também mudaram e, agora, são coloridas com fundo preto, dando um tom descontraído à comunicação.

Antes, os vídeos de Lula mantinham características mais formais, com menos recursos visuais e adotavam uma linguagem sobretudo institucional, com trechos de declarações públicas em eventos ou em formato semelhante a entrevistas.

As semelhanças são muitas com o perfil de Campos no Instagram. Há um ano, o prefeito tinha 1,1 milhão de seguidores e era o chefe de Executivo municipal, entre as capitais, mais popular na rede social. Hoje, o prefeito acumula mais que o dobro: são 2,8 milhões de usuários o seguindo somente no Instagram.

Na primeira reunião ministerial do ano, nesta última segunda-feira (20), Sidônio disse que todos os seus colegas, de agora em diante, precisarão adotar uma estratégia ofensiva e pôr de pé uma “central de monitoramento das redes sociais” para dar respostas rápidas a problemas que atingem o governo.

No Planalto, o dano causado à imagem do governo com o caso da norma para maior fiscalização do Pix foi atribuído a um erro de comunicação. A revogação da medida ocorreu após forte pressão nas redes sociais, orientadas por um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que falava sobre a quebra de sigilo nas transações.

Sidônio pretende fazer de Lula o “motor de conteúdo” do governo. Segundo ele, toda vez que houver alguma medida importante a ser divulgada, quem falará primeiro será o presidente. Depois, os canais oficiais do governo e, só então, os ministros.

Desde o início de 2024, Lula demonstrava insatisfação com os resultados da comunicação e intensificou as reclamações no final do ano. Durante um seminário do PT, em 6 de dezembro, ele reconheceu que houve erros estratégicos e afirmou que mudanças seriam necessárias. Para integrantes do partido, essa declaração foi interpretada como uma “demissão pública” do então ministro Paulo Pimenta.

*AE

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