Lula evita jornalistas com grupos de militares e cercadinho
Acesso ao presidente é menos restritivo para apoiadores que para imprensa
Pleno.News - 06/06/2023 15h37 | atualizado em 06/06/2023 18h57

O jornalista Weslley Galzo, do Estadão, queixou-se nesta segunda-feira (5) de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem tomado medidas para se “blindar” da imprensa, afastando-a por meio de “cercadinho” e de batalhão de militares do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
O comunicador afirma que o presidente utiliza a estrutura do Palácio do Planalto para “repelir” perguntas de jornalistas em eventos oficiais.
– Nas cerimônias realizadas na sede da Presidência, os profissionais da imprensa ficam reunidos em espaço delimitado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), cujo acesso às autoridades fica impossibilitado até mesmo após o encerramento das reuniões. Além disso, a chegada e a saída de Lula é [sic] rigidamente acompanhada por um grupo de ao menos dez agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Polícia Federal (PF) – declarou Galzo.
O jornalista afirma que as medidas são muito mais restritivas para profissionais da imprensa que para apoiadores do chefe do Executivo. Galzo lembra que no início de seu governo, Lula garantiu que acabaria com os chamados “cercadinhos” do Palácio da Alvorada no governo Jair Bolsonaro (PL), mas que, na prática, o petista os manteve.
– Os profissionais de imprensa ficam sob o cerco de seguranças que vigiam todas as passagens para impedir que repórteres se infiltrem na multidão. O acesso de jornalistas ao Palácio passa por rigoroso processo de inspeção de documentos pela Secom e ainda conta com o controle das credenciais emitidas pelo GSI – disse.
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