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Thamirys Andrade - 10/10/2025 13h09 | atualizado em 10/10/2025 16h18

Luiz Inácio Lula da Silva e María Corina Machado Fotos: EFE/ Andre Borges | EFE/ Miguel Gutiérrez

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já fez críticas à vencedora do Prêmio Nobel da Paz deste ano, a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado. Quando a ditadura de Nicolás Maduro proibiu Corina de disputar a Presidência em 2024, o petista sugeriu que a venezuelana parasse de chorar e indicasse uma pessoa que pudesse substituí-la, como ele fez com Fernando Haddad no pleito de 2018.

– Aqui nesse país eu fui impedido de concorrer às eleições em 2018; ao invés de ficar chorando, eu indiquei um outro candidato e disputou as eleições. Na Venezuela, estão marcadas as eleições para o dia 28 de julho [de 2024]. A pergunta de vocês é se as eleições vão ser honestas ou não: eu espero que sejam as mais democráticas possíveis. O presidente Maduro me disse na reunião em São Vicente que ele vai convocar todos os olheiros do mundo que quiserem assistir ao processo eleitoral na Venezuela – disse Lula em coletiva de imprensa realizada em março de 2024.

À época, Corina respondeu à declaração do presidente brasileiro, acusando-o de machismo e frisando a importância da luta pela democracia na Venezuela.

– Eu chorando, presidente Lula? Você está dizendo isso porque sou mulher? Você não me conhece. Luto para fazer valer o direito de milhões de venezuelanos que votaram em mim nas primárias e dos milhões que têm o direito de fazê-lo numa eleição presidencial livre em que derrotarei Maduro. Você está validando os abusos de um autocrata que viola a Constituição e o Acordo de Barbados que afirma apoiar. A única verdade é que Maduro tem medo de me confrontar porque sabe que o povo venezuelano está hoje na rua comigo – destacou.

Lula foi impedido de concorrer no ano de 2018, pois havia sido condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em julgamentos que ocorreram em duas instâncias judiciais e que foram confirmados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Corina, por outro lado, foi acusada de atuar contra o país ao apoiar sanções contra a ditadura na Venezuela, em decisão proferida pelo sistema judicial do país controlado pelo próprio Maduro.

O Comitê do Nobel decidiu conceder o prêmio da paz a María Corina “por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”. Ela foi elogiada por ser uma “figura-chave e unificadora em uma oposição política que antes era profundamente dividida – uma oposição que encontrou um ponto comum na demanda por eleições livres e governo representativo”.

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