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Lula ignora inclusão e prioriza homens no governo e Judiciário

Presidente planeja troca em ministérios liderados por mulheres e optou por homens em 73% das suas indicações ao Judiciário

Pleno.News - 14/07/2023 11h26 | atualizado em 14/07/2023 11h55

Presidente Lula Foto: Cláudio Kbene/PR

Eleito com a bandeira de inclusão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está rifando a participação das mulheres em seu governo e também priorizando indicações de homens no Judiciário em nome do pragmatismo.

O chefe do Executivo pretende mexer na atual organização da Esplanada dos Ministérios para ceder mais pastas ao Centrão, visando a governabilidade no Congresso. Segundo a jornalista Carolina Brígido, do portal UOL, entre os ministérios que são os principais alvos, estão os comandados por mulheres, o que aliados do presidente classificam como apenas uma “coincidência”.

A ministra do Turismo, por exemplo, Daniela Carneiro, foi retirada de seu cargo esta semana, cedendo lugar ao deputado Celso Sabino (União Brasil-PA). A ministra Ana Moser, do Esporte, também está na mira, assim como a presidente da Caixa, Rita Serrano, e a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos.

Atualmente, o governo tem 10 mulheres entre os 37 ministros que compõem a Esplanada. A primeira-dama, Janja da Silva, tem tentado evitar as mudanças nos ministérios.

Ainda segundo levantamento do portal UOL, o presidente optou por homens em 73% das suas indicações para o Judiciário, sendo apenas nove mulheres entre 33 nomeações. E tudo indica que esse cenário se repetirá na próxima vaga para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Atualmente, na Corte, há nove homens e duas mulheres. A ministra Rosa Weber se aposenta em outubro, e espera-se que Lula indique um homem para o seu lugar, tal como fez para a vaga de Ricardo Lewandowski, para a qual nomeou Cristiano Zanin.

O argumento é que Lula quer alçar alguém que ele possa contatar com um telefonema, e o petista não teria proximidade com mulheres no Judiciário. Entre os nomes cogitados estão o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas; o advogado-geral da União, Jorge Messias; e o ministro da Justiça, Flávio Dino, que inclusive já recebeu o apoio do ministro Alexandre de Moraes.

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