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Lula: “Forças Armadas não são poder moderador como acham”

Petista pontuou que militares devem agir conforme a Constituição

Pleno.News - 12/01/2023 13h41 | atualizado em 12/01/2023 15h21

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: EFE/Andre Borges

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que as Forças Armadas precisam se restringir ao papel reservado a elas pela Constituição. Na avaliação do petista, os militares “não são poder moderador com pensam que são”.

– Elas [Forças Armadas] têm papel na Constituição, que é defesa do povo brasileiro e da soberania contra possíveis inimigos externos. Está definido na Constituição e é isso que quero que façam bem-feito – declarou Lula.

Lula relatou aos chefes das Forças Armadas incômodo com a presença de familiares de militares pedindo um golpe nos acampamentos instalados próximos ao QG do Exército – que, na opinião dele, ficaram lá por muito tempo.

O presidente disse que só quer uma “relação civilizada” com os militares, como teria vivido nos seus oito anos de governo.

– Eu convivi por oito anos muito bem com as Forças Armadas. Eu não tenho má imagem das Forças Armadas – declarou o presidente, em encontro com jornalistas nesta quinta-feira (12).

O chefe do Executivo aproveitou para criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi expulso do Exército por má conduta e conseguiu, ainda assim, ter militares como aliados.

– Bolsonaro mudou o comportamento de muita gente neste país – declarou.

Ao comentar a formação do governo, Lula afirmou que o ministério está “bem montado” e que, agora, o foco é montar o segundo escalão, os conselhos e as estatais.

– Vamos normalizar este país, com cada um cumprindo a sua função. É o Congresso votar sem precisar de orçamento secreto, é o presidente da República executar o Orçamento tal como foi aprovado, de acordo com orientações e cumprimento do TCU. E as Forças Armadas cumprirem seu papel. Sou contra a judicialização da política e politicagem do Judiciário. Se cada um voltar a cumprir suas funções, este país volta a viver tranquilo – pontuou Lula.

GLO NO DF
O presidente da República também explicou aos jornalistas por que não quis decretar uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO ) para conter os atos golpistas que tomaram Brasília, no último domingo (8), e preferiu decretar uma intervenção na segurança pública do Distrito Federal.

– Se eu tivesse feito GLO, eu teria assumido a responsabilidade de abandonar a minha responsabilidade. Aí sim, estaria acontecendo o golpe que as pessoas queriam. O Lula deixa de ser governo para que algum general assuma o governo. Quem quiser assumir governo que dispute eleição e ganhe. Por isso, eu não fiz GLO – relatou Lula.

No encontro com jornalistas, acompanhado pela primeira-dama Janja da Silva, pelo ministro da Secom, Paulo Pimenta, e pelo secretário de imprensa, José Chrispiniano, o petista afirmou que voltou à Presidência mais experiente e maduro para cumprir seu programa de governo.

*AE

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