Pleno.News - 07/05/2023 09h12 | atualizado em 08/05/2023 11h06

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, neste sábado (6), que o seu assessor e ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, viajará a Kiev, na semana que vem, para se encontrar com o presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky. O objetivo é discutir “como alcançar a paz”.

Lula anunciou a viagem de Amorim durante uma entrevista coletiva em Londres, após ter assistido à coroação do rei Charles III.

Amorim foi a Moscou, há pouco mais de um mês, para se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin. Lula explicou que agora fará o mesmo com Zelensky, tudo no âmbito dos esforços do governo brasileiro para procurar alternativas de negociação.

O petista defendeu que “é preciso acabar com a guerra e criar um ambiente de negociação”, mas para isso “é preciso parar de atirar”. Desde o início do conflito, ele tem insistido que “são muito poucos os que falam de paz”.

Ele revelou que, no âmbito da coroação de Charles III, teve um breve encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, com quem combinou de conversar por telefone nos próximos dias, para apresentar sua visão em relação à invasão russa na Ucrânia.

Lula disse que lhe dirá “a mesma coisa” que já falou com outros líderes europeus, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e com o presidente chinês, Xi Jingping: “Tem muita gente que fala de guerra e pouca gente que fala de paz”.

O presidente brasileiro propôs a criação de um grupo de países que possam atuar como mediadores entre Rússia e Ucrânia, a fim de alcançar um “cessar-fogo” que levaria a uma rodada de negociações.

No entanto, a maioria dos países ocidentais não concorda com essa proposta, que, segundo os Estados Unidos e a Europa, colocaria “o agressor e o agredido” no mesmo nível.

*EFE

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