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Lula e presidentes da América do Sul reúnem-se no Itamaraty

Promovida pelo Brasil, cúpula quer retomar a cooperação na região, afirma governo

Pleno.News - 30/05/2023 10h26 | atualizado em 30/05/2023 10h48

Presidente do Suriname, Chan Santokhi; presidente do Chile, Gabriel Boric; ditador da Venezuela, Nicolás Maduro e presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou Fotos: EFE / André Coelho

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou por volta das 9h desta terça-feira (30), ao Palácio do Itamaraty para a cúpula promovida pelo Brasil com todos os chefes de Estado da América do Sul. Segundo o governo, a ideia é retomar a cooperação na região e discutir a adoção de um fórum de integração com os 12 países.

Articulado pelo Brasil, o encontro consegue reunir os chefes de Estado sul-americanos, à exceção da presidente do Peru, Dina Boluarte, que enviou ao país o presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otárola. Dina assumiu o governo peruano após a destituição de Pedro Castillo pela tentativa de um golpe de Estado e, por motivos constitucionais e em meio à crise política local, não pode deixar o Peru.

A programação da cúpula prevê um discurso de abertura de Lula e pronunciamentos de todos os chefes de Estado. Na parte da tarde, haverá conversas informais em formato reduzido – os presidentes podem levar apenas seu chanceler e, no máximo, mais dois assessores. À noite, as delegações participam de um jantar organizado por Lula e pela primeira-dama Janja da Silva, no Palácio da Alvorada.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a ideia da cúpula é ser uma espécie de “retiro” – ou seja, criar a oportunidade de um diálogo informal, uma troca de ideias para retomar laços estremecidos nos últimos anos. Será um formato bastante restrito, com os presidentes acompanhados apenas de mais três pessoas. Na noite desta terça, Lula oferecerá um jantar no Palácio da Alvorada.

Neste primeiro momento, diz o Itamaraty, a proposta da cúpula é identificar denominadores comuns mínimos para dar início ao diálogo sul-americano que, a depender da negociação entre os chefes de Estado, pode resultar em um fórum ou um bloco maior do que a União de Nações sul-americanas (Unasul), inativa nos últimos anos. A Unasul reúne sete países da América do Sul e não tem um encontro formal desde 2014.

Há a expectativa, ainda, de encontros bilaterais entre Lula e parte dos chefes de Estado presentes. Nesta segunda (29), o petista recebeu em uma visita oficial o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, em gesto criticado pela falta de questionamentos às violações de direitos humanos no país vizinho.

*AE

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