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Lula diz que vai discutir como ‘reparar’ Dilma por impeachment

Petista volta a afirmar que sua correligionária foi "absolvida"

Pleno.News - 27/08/2023 09h57 | atualizado em 28/08/2023 13h09

Dilma e presidente Lula Foto: Ricardo Stuckert/PR

Após o arquivamento da ação de improbidade pelas “pedaladas fiscais” no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ser necessário discutir como “reparar” a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), sua correligionária, que sofreu impeachment em 2016.

Em entrevista coletiva concedida em Luanda, capital de Angola, neste sábado (26), Lula disse que “é preciso ver como é que se repara uma coisa que foi julgada por uma coisa que não aconteceu”.

– A Justiça Federal em Brasília absolveu a companheira Dilma da acusação da pedalada, a Dilma foi absolvida, e eu agora vou discutir como que a gente vai fazer. Não dá para reparar os direitos políticos, porque se ela quiser voltar para ser presidente, eu quero terminar o meu mandato – disse Lula.

Dilma, que hoje está na presidência do Banco do Brics, teve seu mandato cassado por crime de responsabilidade, justamente pela prática que ficou conhecida como “pedaladas fiscais” – o suposto uso de bancos públicos para “maquiar o resultado fiscal”, o que teria atrasado, por parte da União, repasse de valores às instituições.

No entanto, na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região em Brasília manteve, por unanimidade, o arquivamento da ação em benefício da ex-presidente e de outros envolvidos, como o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

Contudo, apesar de Lula ter dito que a ex-presidente foi “absolvida”, não foi essa a decisão do TRF-1. Ao Estadão, a advogada Vera Chemim, mestre em Direito Público Administrativo pela Fundação Getulio Vargas (FGV), disse que o Tribunal nem sequer julgou se Dilma é inocente ou não e, com base em decisão do STF, extinguiu a ação, sem resolução de mérito.

– Não é uma questão de inocentar, e sim de caráter formal e processual – explicou.

Já na sexta-feira (25), também durante sua visita a Angola, Lula já havia dito que o Tribunal havia “absolvido” a correligionária e que “o Brasil deve desculpas à presidente Dilma, porque ela foi cassada de forma leviana”.

*AE

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