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Pleno.News - 19/03/2021 11h33 | atualizado em 19/03/2021 12h16

Presidente Jair Bolsonaro e ex-presidente Lula
Presidente Jair Bolsonaro e ex-presidente Lula Fotos: PR/Marcos Corrêa // Folhapress/Marlene Bergamo

Nesta sexta-feira (19), em entrevista ao jornal francês Le Monde, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou “não ver problema” em concorrer novamente ao Palácio do Planalto em 2022. Segundo o petista, porém, o principal objetivo do pleito é impedir uma reeleição de Jair Bolsonaro.

Questionado se seria candidato em 2022, Lula disse ainda não saber. O petista argumentou que terá 77 anos nas próximas eleições e condicionou encabeçar uma nova corrida eleitoral ao seu estado físico e a um consenso de lideranças progressistas sobre a indicação de seu nome.

– Eu tenho 75 anos. Em 2022, na época das eleições, terei 77. Se eu ainda estiver em plena forma e [se] for estabelecido um consenso entre os partidos progressistas deste país para que eu seja candidato, bem, não verei nenhum problema em ser. Mas já fui candidato antes. Fui presidente e servi por dois mandatos. Também posso apoiar alguém em boa posição. O mais importante é não deixar Jair Bolsonaro governar mais este país – afirmou à publicação francesa.

Lula também voltou a falar sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anulou suas condenações por casos relacionados à operação Lava Jato. Apesar de afirmar que a decisão chegou com cinco anos de atraso, o petista se referiu ao ex-juiz Sérgio Moro e aos procuradores da força-tarefa como “gângsters”.

– Por anos 210 milhões de brasileiros foram enganados, forçados a acreditar nas mentiras dos promotores da Lava Jato e do juiz Sergio Moro, que se comportaram como verdadeiros gângsters. A verdade agora está na mesa do público. Isso é tudo que eu queria – declarou.

Outro alvo das críticas de Lula foi Jair Bolsonaro. O ex-presidente criticou as tomadas de decisão do Executivo durante a pandemia, afirmou que o Brasil “merece coisa melhor” que o atual governo e chamou Bolsonaro de genocida.

– Comecei na política nos anos 1970 e nunca vi meu povo sofrer como hoje. Pessoas [estão] morrendo nos portões dos hospitais; a fome voltou. E, diante disso, temos um presidente que prefere comprar armas de fogo ao invés de livros e vacinas. O Brasil é chefiado por um presidente genocida – disse.

As declarações de Lula à imprensa internacional vem seguindo uma mesma linha desde a decisão de Fachin. Na quarta-feira (17), o ex-presidente já havia declarado à CNN americana que poderia concorrer em 2022.

Na entrevista, Lula se sentiu protagonista na política nacional e chegou a dar “sugestões” ao presidente americano, Joe Biden.

– Uma sugestão que eu gostaria de fazer ao presidente Biden, através do seu programa, é: é muito importante convocar uma reunião do G-20 urgentemente.

*Estadão

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