Lula diz não se ofender por ser chamado de “comunista”
Petista deu declaração durante a abertura de um encontro do Foro de São Paulo
Pleno.News - 30/06/2023 08h23 | atualizado em 30/06/2023 12h36
Nesta quinta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, durante a abertura do 26° Encontro do Foro de São Paulo, em Brasília, a governança de esquerda, mesmo que com “equívocos”, em relação a uma gestão sob comando da direita. Durante o discurso, o petista disse também não se ofender por ser chamado de “comunista”.
– Nós não ficamos ofendidos. Nós ficaríamos ofendidos se nos chamassem de nazista, de neofascista, de terrorista, mas de comunista, socialista, nunca – disse.
Em sua fala, o chefe do Executivo brasileiro ainda reconheceu que o “discurso do costume, da família, do patriotismo”, pautas normalmente atreladas aos conservadores, não fazem parte do ideário histórico progressista e de esquerda.
– Aqui no Brasil, enfrentamos o discurso do costume, da família, do patriotismo, ou seja, nós enfrentamos o discurso que aprendemos historicamente a combater – declarou.
Lula ainda citou que a América Latina viveu seu melhor momento entre 2002 a 2012, justamente o período em que ele e a ex-presidente Dilma Rousseff foram os chefes do Executivo. Ao falar sobre a criação do Foro, o presidente disse que ele nasceu de um desejo para que a esquerda “voltasse a conversar entre si e disputar espaços democráticos existentes”.
– O Foro de São Paulo foi a primeira experiência latino-americana em que a esquerda resolveu se juntar sem precisar tirar suas diferenças nem tampouco acabar com as divergências, mas resolver discutir, do ponto de vista da organização democrática, disputar os espaços políticos – declarou.
O Foro de São Paulo é uma organização de partidos e entidades de esquerda de países da América Latina e do Caribe fundada pelo presidente Lula e pelo ex-presidente de Cuba Fidel Castro, em 1990. Segundo o documento de criação, a organização busca reunir organizações de esquerda para, entre as pautas, fazer um “combate ao imperialismo e ao neoliberalismo”.
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*Com informações AE
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