Lula desiste de ir à reunião, e Padilha pode ser o motivo
Uma recente derrota na Câmara dos Deputados pode ter influenciado a decisão do presidente
Priscilla Brito - 09/05/2023 12h04 | atualizado em 09/05/2023 17h24

Nesta segunda-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou a decisão de não participar das primeiras reuniões com os líderes partidários da base aliada. De acordo com informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, o comparecimento do chefe do Executivo pode mostrar marcas de um “enfraquecimento” do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Recentemente, Lula ficou descontente com Padilha após sofrer a primeira derrota na Câmara dos Deputados, no que diz respeito ao marco do saneamento. Após o ocorrido, o petista decidiu assumir a coordenação política de seu próprio governo.
– Quero reconhecer o trabalho extraordinário do ministro Alexandre Padilha [na formação do Conselhão]. Eu espero que ele tenha a capacidade de organizar, de articular, que ele teve no Conselho, dentro do Congresso Nacional. Aí vai facilitar muito a vida – disse Lula, cobrando publicamente o ministro na última quinta (4).
Após ser acusado de problemas na articulação com o Congresso, o presidente mudou o tom, defendeu seu ministro e afirmou que “Padilha é o que o país tem de melhor na articulação política”. O petista também afirmou que não ficou preocupado com a votação na Câmara, que derrubou os decretos que mudaram as regras no saneamento. Lula acredita que a Lei do Saneamento será aprovada.
OBJETIVO DO ENCONTRO
A reunião marcada pelos ministros do Palácio do Planalto com as lideranças partidárias, deve ocorrer nesta quarta-feira (10). O encontro tem como objetivo reforçar a obrigação assumida para as votações no Congresso Nacional.
COMITIVA
Na comitiva desta quarta, estarão presentes as lideranças do Partido Social Democrático (PSD) e Partido Socialista Brasileiro (PSB), partido do vice-presidente Geraldo Alckmin. A reunião entre os líderes ocorrerá de forma separada.
No encontro estarão presentes o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que dará explicações sobre as questões jurídicas e burocráticas envolvendo a liberação de cargos e o também ministro Alexandre Padilha das Relações Institucionais.
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