Thamirys Andrade - 28/11/2024 19h25 | atualizado em 29/11/2024 10h02

Após o dólar ultrapassar, pela primeira vez, os R$ 6, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa de sua decisão de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda, medida apontada como o pivô da disparada da moeda estrangeira. O petista afirmou que livrar pessoas que ganham até R$ 5 mil de terem que pagar o imposto é uma decisão “muito correta e justa”, e não uma “coisa complicada”.

– A gente está fazendo, junto com essa política de contenção, uma política de renda para tentar dar uma ajeitada na casa. (…). Nós estamos fazendo uma coisa muito correta, muito justa. Não estamos tentando criar uma coisa complicada. Estamos fazendo uma reforma para as coisas ficarem muito bem-feitas. E obviamente a gente vai ter que cobrar mais impostos das pessoas mais ricas. O que é normal – declarou o petista.

Na ocasião, Lula participava de um evento no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (28), com o objetivo de lançar o programa Periferia Viva, projeto de urbanização de favelas.

O plano do governo é compensar a isenção do IR cobrando um imposto mínimo de 10% para as pessoas que recebem mais de R$ 50 mil por mês.

Em outro evento ainda nesta quinta, na assinatura de aditivo para a Transnordestina, Lula descreveu o pacote de corte de gastos como medida “extraordinária”, e afirmou que o governo precisa cumprir com o arcabouço fiscal.

– Foi anunciado ontem pelo [Fernando] Haddad, eu participei da reunião com o presidente do Senado [Rodrigo Pacheco], com o presidente da Câmara [Arthur Lira], com os líderes da Câmara dos Deputados, uma medida extraordinária que é de contenção do excesso de despesas, porque nós temos que cumprir o arcabouço fiscal – assinalou.

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