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Lula critica militares após atos: “Nenhum general se moveu”

Presidente discursou ao lado de governadores e outras autoridades

Thamirys Andrade - 10/01/2023 10h24 | atualizado em 10/01/2023 10h54

O presidente Lula em reunião com os chefes dos Poderes Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teceu críticas aos militares, acusando-os de omissão diante da invasão de manifestantes às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no domingo (8). As declarações ocorreram em discurso ao lado de governadores e autoridades, na noite desta segunda-feira (9), em frente ao edifício do Supremo Tribunal Federal (STF).

– Todo mundo aqui sabe quanta gente foi torturada por não concordar com o regime militar. Agora as pessoas estão livremente reivindicando golpe na frente dos quartéis. E não foi feito nada por nenhum quartel. Nenhum general se moveu para dizer: “Não pode acontecer isso”; “É proibido pedir isso [intervenção]”; “Nós não vamos fazer isso”. Dava a impressão que tinha gente que gostava quando o povo estava clamando o golpe – queixou-se.

O chefe do Executivo estendeu a crítica ao trabalho da polícia de Brasília, acusando a corporação de “negligência”.

– A polícia de Brasília negligenciou. A inteligência de Brasília negligenciou. É fácil a gente ver nas gravações os policiais conversando com os agressores – assinalou.

As Forças Armadas não se posicionaram oficialmente até o momento sobre os atos de vandalismo ocorridos no Distrito Federal.

Na ocasião do discurso de Lula, o presidente estava reunido com representantes dos 26 estados e do Distrito Federal, além de ministros da Suprema Corte e outras autoridades. Juntos, eles atravessaram a Praça dos Três Poderes a pé e caminharam até as instalações do STF em ato simbólico.

– O STF foi duramente atacado. Nosso prédio histórico foi praticamente destruído. Essa simbologia a mim entristeceu de maneira enorme, mas quero assegurar a todos que vamos reconstruí-lo e no dia 1º de fevereiro daremos início ao ano judiciário como se impõe ao Poder Judiciário independente e guardião da Constituição Federal – pontuou a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, na ocasião.

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