Paulo Moura - 30/12/2022 12h21 | atualizado em 30/12/2022 12h42

Se o senso comum pressupõe que um ministro de Estado é alguém com uma relação próxima do líder que o indica, o vínculo entre o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu futuro ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), passa longe disso. De acordo com o colunista Igor Gadelha, do site Metrópoles, o petista só conheceu o parlamentar minutos antes de anunciá-lo como futuro chefe de uma das pastas do governo federal.

Segundo Gadelha, petistas informaram que Lula teve uma conversa reservada de cerca de 20 minutos com Juscelino já no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde anunciou a escolha do deputado e de outros 15 ministros. O congressista foi uma das escolhas de seu partido, o União Brasil, para uma pasta no governo.

A negociação para a indicação de Juscelino Filho teria sido toda conduzida por lideranças do partido dele nos últimos dias, sem até mesmo a participação do próprio indicado. O martelo só foi batido por Lula na manhã desta quinta-feira (29), durante uma reunião com o presidente do União Brasil, Luciano Bivar.

Inicialmente, era esperado que Juscelino fosse indicado para o Ministério do Turismo e o deputado federal Paulo Azi (União Brasil-BA) para as Comunicações. No entanto, Azi declinou do convite, o que fez com que Juscelino Filho assumisse as Comunicações e que a deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) fosse para o Turismo.

Na Câmara, Juscelino sempre atuou como oposição aos governos petistas. Oriundo do DEM, ele votou, por exemplo, a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.

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