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Lula caminha até o STF ao lado de governadores e ministros

Ato simbólico ocorreu após a invasão às sedes dos Três Poderes

Pleno.News - 10/01/2023 09h52 | atualizado em 10/01/2023 10h18

Luiz Inácio Lula da Silva, governadores e autoridades, cruzam a Praça dos Três Poderes para visitar as instalações da sede do STF Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desceu a rampa do Palácio do Planalto, na noite desta segunda-feira (9), ao lado de governadores, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares, atravessou a Praça dos Três Poderes e caminhou até a Corte.

O ato ocorreu após a invasão do Planalto, do Congresso e da sede do STF por manifestantes, que depredaram as instalações dos prédios públicos no domingo (8). Mais cedo, os chefes dos Poderes já haviam publicado uma carta conjunta na qual classificaram o episódio como “atos de terrorismo”.

– Eles querem é golpe e golpe não vai ter. Não vamos permitir que a democracia escape das nossas mãos – disse Lula, durante a reunião com representantes dos 26 estados e do Distrito Federal.

Em entrevista ao chegar à sede do STF, Lula descreveu os manifestantes como “um bando de vândalos”.

– Não vamos dar trégua até descobrir quem financiou isso – afirmou.

O encontro de Lula com governadores contou também com a participação dos presidentes do STF, Rosa Weber; da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente em exercício do Senado, Vital do Rêgo (MDB-PB), além do procurador-geral da República, Augusto Aras.

– O que vimos ontem [domingo] foi coisa que já estava prevista. Isso tinha sido anunciado há algum tempo atrás porque pessoas que estavam nas ruas na frente de quartéis não tinham pauta de reivindicação – afirmou Lula.

Mesmo assim, de acordo com o presidente, “todos foram pegos de surpresa” com os atos de vandalismo.

MILITARES
Lula dirigiu críticas a integrantes do Exército ao afirmar que “nenhum quartel” ou “nenhum general” se moveu para dizer a quem protestava ser proibido pedir a destituição de quem foi eleito.

– Pessoas estão livremente reivindicando o golpe, na frente dos quartéis, e não foi feito nada por nenhum quartel. Nenhum general se moveu para dizer: “Não pode acontecer isso”; “É proibido pedir isso” – afirmou.

No Planalto, Rosa Weber afirmou que as atividades na Corte serão retomadas na data prevista.

– O STF foi duramente atacado. Nosso prédio histórico foi praticamente destruído. Essa simbologia a mim entristeceu de maneira enorme, mas quero assegurar a todos que vamos reconstruí-lo e no dia 1º de fevereiro daremos início ao ano judiciário como se impõe ao Poder Judiciário independente e guardião da Constituição Federal – disse a ministra.

Na abertura da reunião, o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), fez um discurso no qual afirmou o compromisso dos estados com a democracia e disse que as polícias militares já haviam iniciado a desmobilização dos acampamentos.

– Entendemos a importância de não apenas emitirmos um manifesto, mas estarmos aqui presencialmente para reafirmar o compromisso com a democracia e nos colocar ao lado dos Poderes constituídos deste país, neste momento sensível que a Nação vive – disse Hélder.

Cada governador falou em nome de uma região do país.

– Nossa solidariedade aos Poderes agredidos e nosso compromisso da região Sul pela manutenção da ordem democrática e da ordem constitucional. O respeito ao resultado das urnas ultrapassa qualquer divergência política – afirmou Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul.

Pelo Sudeste, discursou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

CARTA
Na carta conjunta, os chefes dos três Poderes afirmaram “rejeitar os atos de terrorismo, vandalismo, criminosos e golpistas” e pediram à população a “defesa da paz e da democracia”. O documento foi assinado por Lula, Lira, Vital do Rêgo e Rosa Weber.

– Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras – diz um trecho do documento.

As autoridades pediram a normalidade no país.

– Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz e da democracia em nossa Pátria. O país precisa de normalidade, respeito e trabalho para o progresso e justiça social da Nação – destaca o texto divulgado após reunião no Planalto, pela manhã.

*AE

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