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Lula afirma que “justiça divina” julgará ministros do STF

Falando sobre sua prisão, o petista disse que culpado foi quem o condenou

Marcos Melo - 17/02/2023 15h54 | atualizado em 17/02/2023 19h18

Lula concede entrevista à CNN Foto: Reprodução/CNN Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu entrevista à CNN Brasil, nesta quinta-feira (16), e na ocasião disse que nunca pediu favor a nenhum dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) indicados por ele.

O petista afirmou que cabe à justiça divina julgar os ministros do STF que atuaram contra ele no passado.

Das 11 cadeiras no tribunal, sete foram indicações de governos petistas. O ex-líder sindical alegou que suas indicações para o Supremo não perpassam pelo crivo político.

– Eu indiquei as pessoas que eu achava que poderiam prestar um grande serviço na defesa da Constituição brasileira – declarou.

– Até hoje eu nunca pedi favor para nenhum dos ministros que indiquei e não vou pedir – contou Lula.

Em referência ao ex-juiz Sergio Moro e à Operação Lava Jato, o petista queixou-se pelo fato de “um cidadão e uma tal força-tarefa” terem conseguido “enganar a imprensa, enganar o Poder Judiciário e enganar a sociedade brasileira”.

Nesta fala, o presidente deixou claro que, no seu ponto de vista, sua condenação só se deu em razão da imperícia dos ministros do STF, que julgaram seu caso sob efeito do engano patrocinado por Moro e seus colegas da Lava Jato. Tal afirmação macula a idoneidade do Judiciário.

Lula ressaltou que sabe qual foi a conduta de cada ministro do STF e a participação de cada um no seu caso, mas que não poderia voltar ao comando do país com mágoa daqueles que o prejudicaram.

– A justiça divina os julgará. Eu estou tranquilo porque eu consegui, na política e não no processo criminal, provar que se tem alguém culpado foi quem me condenou – disparou o petista contra o Judiciário.

Em relação às duas vagas que surgirão no tribunal em razão das aposentadorias compulsórias de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, Lula disse que vai analisar minuciosamente o perfil do indicado.

– Vou indicar com o mesmo critério. Vou tentar ver o currículo das pessoas, vou conhecer bem a pessoa, vou pedir muitas informações e depois indico – explicou.

– Minha indicação sempre será uma indicação neutra. Eu não quero ninguém a meu favor, nem ninguém contra. Eu quero alguém a favor da Justiça, alguém a favor do cumprimento da Constituição – argumentou.

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