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Lula afirma que houve “muita química” no encontro com o papa

"Parecia com alguém que já conhecia há 30 anos", declarou

Pleno.News - 13/10/2025 15h02 | atualizado em 13/10/2025 15h42

Presidente Lula e esposa Janja em encontro com papa Leão XIV

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que aconteceu muita “química” entre ele e o papa Leão XIV durante encontro que tiveram nesta segunda-feira (13). Segundo o petista, o pontífice não poderá vir à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em novembro, mas disse esperar sua visita “a qualquer momento”.

– Houve muita química na minha relação com o papa. A relação humana é 80% química e 20% emoção e razão. Tinha lido o documento do papa antes de conhecê-lo. Parecia com alguém que já conhecia há 20, 30 anos – declarou, citando o Dilexi te, exortação apostólica publicada por Leão XIV.

Lula comparou a interação com a relação que tem com religiosos da Teoria da Libertação, como Leonardo Boff e Frei Betto, “de tanta afinidade que havia entre o propósito do papa e o propósito da luta contra a fome e a pobreza”.

As declarações foram feitas a jornalistas no Fórum Mundial da Alimentação, promovido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma.

O presidente brasileiro disse ter convidado Leão XIV para a COP30, que será realizada em novembro no Pará. Afirmou, no entanto, que ele não poderá comparecer, mas deve vir ao Brasil.

– Ele disse que não poderá ir, porque já tem alguns compromissos, inclusive, alguns compromissos assumidos pelo papa Francisco, mas disse que a qualquer momento estará no Brasil – acrescentou.

Lula afirmou ter dito ao papa Leão XIV ser necessário despertar uma “indignação na humanidade contra a fome”.

– A fome não é um problema econômico, a fome é um problema político. Se houver interesse político para os governantes do mundo inteiro, se encontrará um jeito de colocar o café da manhã, o almoço e a janta para o povo pobre – disse.

O petista garantiu que em todo fórum que participar falará da fome e da desigualdade e que é preciso repensar a distribuição de alimentos no mundo.

– Não tem explicação o mundo rico gastar 2,7 trilhões de dólares de armamentos (R$ 14,7 trilhões); com apenas 12% disso, 300 e poucos bilhões de dólares, a gente poderia dar comida a 763 bilhões de seres humanos passando fome – finalizou.

*AE

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