Marcos Melo - 25/02/2023 10h54 | atualizado em 27/02/2023 11h46

O novo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, conhecido por criticar a atuação de Sergio Moro e Deltan Dallagnol na força-tarefa da Lava Jato, adotou uma identificação eletrônica o tanto quanto suspeita. No sistema processual da Justiça, o e-proc, Appio assinava como “LUL22” até assumir o comando da Lava Jato.

A manifestação de militância política é evidenciada por meio dos prints das telas do sistema da Justiça, segundo a coluna de Malu Gaspar, de O Globo.

No ambiente virtual, é exigido dos magistrados a escolha de uma sigla como assinatura, habitualmente com três letras e dois números. É aconselhado que se faça a alteração periódica dessa sigla, mas o sistema armazena o registro das combinações anteriores de cada juiz.

Segundo a plataforma digital do Judiciário, Appio assinava como “LUL22” entre 2021 e o início deste ano, quando ainda integrava a 2ª Turma Recursal da Justiça Federal do Paraná.

No início de fevereiro, o juiz foi transferido para a 13ª Vara, onde ocupou a antiga cadeira de Sergio Moro, atualmente senador pelo partido União Brasil.

MAGISTRADO DOOU A LULA E A DEPUTADA DO PT
O juiz federal Eduardo Appio doou R$ 13 para o financiamento da candidatura de Lula, no dia 25 de setembro do ano passado.

O nome do magistrado aparece na plataforma de candidaturas e contas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como um dos integrantes das doações coletivas.

A plataforma do TSE também evidencia que o juiz federal fez doação de R$ 40 para a campanha da deputada estadual Ana Júlia Pires Ribeiro (PT-PR).

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