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Luiz Felipe Pondé fala sobre o crescimento dos evangélicos

"O movimento evangélico consegue produzir sensação de cidadania mais do que o Estado"

Natalia Lopes - 06/12/2017 11h12 | atualizado em 08/12/2017 17h56

Tem viralizado nas redes sociais e no WhatsApp um vídeo do filósofo e escritor Luiz Felipe Pondé falando sobre os evangélicos. O conteúdo foi gravado durante a palestra Medos Contemporâneos, ministrada na Câmara Municipal de Campinas, em São Paulo.

Em determinado momento, Pondé conta sobre a conversa que teve com uma senhora de 60 anos. Ela estava com medo porque o mundo como ela conheceu estava começando a ruir politicamente. O filósofo explicou que essa situação leva as pessoas a ficarem perdidas, sem orientação.

– As expectativas de um país que via às expectativas capitaneadas pela esquerda, o PT, como sendo a grande opção moral, ruiu. Isso leva grande parte, digamos assim, da inteligência brasileira, a um sentimento de desorientação. Leva professores ao sentimento de desorientação – afirmou.

Na sequência, ele faz alguns paralelos e cita o conservadorismo e o crescimento dos evangélicos. O filósofo diz que o núcleo evangélico na população brasileira representa duas coisas que dão medo em muita gente: conservadorismo moral em termos de comportamento e uma tendência ao liberalismo popular.

– Tanto evangélicos como protestantes tendem a crer que uma pessoa não deve ganhar se ela não trabalhou para isso. Isso é uma mentalidade de raiz Protestante. Isso significa, digamos assim, uma certa crítica à ajuda social, ao gasto social, certo? Uma valorização da vida dentro da Igreja e não da vida dependente do Estado.

Ele finaliza colocando a situação de uma doméstica que entra para a igreja e consegue levar o marido e restaura a vida do casal, tanto financeira, como amorosa e familiar. Eles ganham sociabilidade e cidadania.

– Uma das coisas que o crescimento da Igreja evangélica está dizendo para pessoas inteligentes que nem eu, que trabalham com Política, Sociologia, Ética, Filosofia, História, Geografia, Jornalismo, é o seguinte: o movimento evangélico consegue produzir sensação de cidadania mais do que o Estado brasileiro consegue. E de forma mais rápida, eficaz, imediata e barata. É só um dízimo. Em troca disso você recebe amizade, sentido, vínculos, equilíbrio familiar, tudo o que as pessoas querem na verdade – concluiu.

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