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Pleno.News - 27/04/2023 16h38 | atualizado em 27/04/2023 17h27

Moraes e Barroso, ministros do STF Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado relator do habeas corpus impetrado nesta quarta-feira (26), pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres – preso há mais de 100 dias sob suspeita de omissão ante os atos que devastaram a Praça dos Três Poderes no 8 de janeiro.

O pedido de liberdade colide com o ministro Alexandre de Moraes, que havia decidido manter a prisão preventiva do aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. A defesa alega que Torres teve uma crise de ansiedade na terça (25), no Batalhão de Polícia Militar em Brasília, onde está preso – ocasião em que “chorou de forma compulsiva, relatando enorme saudade de seus familiares, em especial de suas filhas, expondo palavras e ideias sem nexo, e expôs seu desânimo com a manutenção de sua vida”.

– Os efeitos deletérios da custódia cautelar podem levar o paciente [Torres] a ceifar a própria vida. E caso isso não ocorra, a única certeza que se tem é que seu estado mental tenderá a piorar, porquanto a única alternativa terapêutica para sua convalescença, segundo a médica da Secretaria de Saúde do DF, reside na sua internação domiciliar – argumentam os advogados Eumar Novacki e Edson Smaniotto, que representam o ex-ministro.

O habeas corpus questiona o fato de Alexandre de Moraes ter negado, no último dia 20, outro pedido de liberdade de Torres, o qual contava com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. A PGR defendeu que Torres fosse colocado em liberdade provisória, mas com medidas cautelares alternativas como o uso de tornozeleira eletrônica e manutenção de seu afastamento das funções de delegado de Polícia Federal – carreira à qual pertence.

Ao manter a prisão de Torres, o ministro considerou que a necessidade de segregação foi reforçada por “fortes indícios” de sua ligação com a chamada “minuta do golpe” – documento apreendido pela Polícia Federal em um armário da residência de Torres, em Brasília – e com as fiscalizações em massa da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das eleições.

Na ocasião, Alexandre classificou as blitz em série da PRF, especialmente em rodovias do Nordeste – principal reduto eleitoral do presidente Lula – como “operação golpista para tentar subverter a legítima participação popular”.

O ex-ministro da Justiça iria depor na última segunda (24), sobre a atuação da PRF no segundo turno do pleito – a corporação é subordinada ao Ministério da Justiça. A oitiva, no entanto, foi adiada após a Secretaria de Saúde do Distrito Federal atestar que Torres não tem condições de “comparecer a qualquer audiência por questões médicas (ajuste medicamentoso), durante uma semana”.

*AE

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