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Lira reforça que não vê fato novo que justifique impeachment

Presidente da Câmara volta a ser questionado sobre as análises

Pleno.News - 06/07/2021 10h48 | atualizado em 06/07/2021 11h29

Presidente da Câmara, Arthur Lira Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reforçou o discurso de que não há justificativa para votar um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Lira avalia que “neste momento, não há nenhum fato novo que justifique e que tenha alguma ligação direta com o presidente da República”.

– A não ser o fato de algum parlamentar ter dito que entregou um documento, que não justifica – acrescentou.

– Não podemos institucionalizar impeachment no Brasil. Temos que aprender a discutir esses assuntos com muita seriedade – declarou o presidente da Câmara à rádio Jovem Pan.

Para Lira, o país “não pode ser instabilizado politicamente a cada presidente que é eleito”. Segundo ele, a abertura de um processo neste momento “desestabilizaria a economia e pararia o Brasil”.

Para o presidente da Câmara, os trabalhos apresentados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid trouxeram “realidades” que já estão sendo investigadas pela comissão.

– A Presidência da Câmara tem o papel de atuar com imparcialidade e neutralidade e vai esperar o desenrolar dos acontecimentos – disse Lira.

REFORMAS
Sobre votações importantes na Casa, Lira pontua que busca o consenso, tanto entre os parlamentares quanto com os setores da economia. E sobre a reforma tributária, o presidente da Câmara avalia que chega num momento da discussão em que “as coisas tendem a subir um pouco a temperatura”.

– Mas eu costumo dizer aqui, sempre com muita paciência, com muita transparência, [que] o assunto será discutido com os setores, com os setores produtivos, com o governo, com os entes federativos, com todos os que geram divisas e riquezas para o país – afirmou.

– Eu acho que a ideia é boa, o conceito é bom, mas às vezes você erra na dosagem. Você aumenta alguma carga ali ou diminui alguma ação aqui que pode gerar algumas distorções – pontuou.

Segundo Lira, “não teremos aumento de carga tributária”.

– Nós vamos trabalhar para que a reforma seja neutra, sem a sanha arrecadatória da receita. Iremos desburocratizar, simplificar, dar segurança jurídica, sem atrapalhar o crescimento do Brasil – afirmou.

Em relação ao projeto de lei da privatização dos Correios, Lira afirmou que o relatório deve estar pronto nesta terça-feira (6). Segundo ele, entre a segunda quinzena de julho e primeira semana de agosto, a matéria deve estar em Plenário para que seja discutida entre os parlamentares.

VOTO IMPRESSO AUDITÁVEL
Como uma pauta fortemente defendida pelo presidente Bolsonaro, Lira pondera que não tem queixa sobre a urna eletrônica, mas que não vê problemas em ter auditagem “para acabar com a versão que está posta na rua [de] que tem fraude no sistema”.

– [É] Muito melhor uma averiguação matemática, calibrada, do que talvez uma eleição questionada. O que temos que afastar são as versões. Tem muita versão sobre voto impresso, polarização sobre voto auditável. Tem muitas situações [sobre as quais] a população tem tido informações muito divergentes – afirmou Lira.

*AE

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