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Lira muda sala de imprensa para subsolo no prédio do Congresso

Antes, comitê ficava em local privilegiado, ao lado do Plenário

Pleno.News - 08/02/2021 21h49 | atualizado em 09/02/2021 09h40

Presidente da Câmara Arthur Lira transferiu imprensa para subsolo da Casa Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

Uma semana após assumir a presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) mandou mudar o local de trabalho dos jornalistas na Casa. A ordem para retirar os profissionais de uma sala ao lado do plenário, onde ocorrem as votações, e deslocá-los para um espaço no subsolo do prédio do Congresso foi comunicada nesta segunda-feira (8) pelo diretor-geral, Sérgio Sampaio. A intenção é instalar o gabinete de Lira onde funciona o Comitê de Imprensa desde a transferência do Legislativo para Brasília, na década de 1960.

A mudança pode dificultar o acesso de jornalistas ao presidente, já que ele poderá ingressar no plenário diretamente, sem precisar deslocar-se pelo Salão Verde, tal como os deputados.

A deputada Soraya Santos (PL-RJ), que até o mês passado exercia o cargo de primeira-secretária da Mesa Diretora, uma espécie de “prefeita da Câmara”, afirmou que está em curso um projeto para alterar a estrutura física da Casa.

– Com certeza, onde está hoje o Comitê de Imprensa, se fosse eu a presidente, seria a sala do presidente. Não por cerceamento [à imprensa], mas não pode um presidente, quando precisar fazer uma reunião com os seus líderes, quando precisar se dirigir ao Congresso, ter de atravessar o Salão Verde. Temos de otimizar o tempo – disse a deputada no último dia 25.

Não é a primeira vez que um presidente da Câmara tenta retirar a imprensa do local. O prédio do Legislativo é patrimônio histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A mudança foi tentada nas gestões do PT na presidência da Câmara, mas houve resistência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pois o prédio é tombado e, por isso, só pode ser modificado com autorização do órgão.

O aval só veio na gestão de Eduardo Cunha (MDB-RJ). O emedebista pretendia levar a reforma adiante, mas acabou tendo o mandato cassado em 2016, antes de conseguir executar a obra. Ele foi preso por envolvimento na Lava Jato no mesmo ano.

Na gestão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) o assunto chegou a ser discutido, mas também não foi adiante.

Questionada, a Câmara não informou o valor da reforma, que envolve até instalar um elevador para cadeirantes dentro do gabinete presidencial.

*Estadão

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