Pleno.News - 28/01/2021 17h09 | atualizado em 28/01/2021 17h36

O candidato à presidência da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) afirmou, nesta quinta-feira (28), que ninguém vai influir no comando da Casa, caso ele seja eleito. A fala ocorreu após uma declaração dada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (27).

Na ocasião, Bolsonaro participou de um café da manhã com deputados do PSL no Palácio da Alvorada e disse que, “se Deus quiser, vai participar e influir na presidência da Câmara”.

Lira afirmou que, se eleito, será “independente, altivo, autônomo e harmônico”.

– Eu não ouvi ninguém dizer que vai influir na presidência da Câmara. Influir na presidência da Câmara é diferente do que ele [Bolsonaro] pode ter dito, porque, na presidência da Câmara, ninguém influi. Eu sou um candidato que, se tiver oportunidade de ser eleito, serei independente, altivo, serei autônomo e serei harmônico – disse

A declaração foi dada por Lira ao chegar ao Congresso, para uma reunião com a bancada do PP.

– Eu não vou procurar briga ou insuflar qualquer tipo de discussão que não sejam as propostas deste período de eleição – completou ele.

Arthur Lira é o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Mais cedo, o adversário de Lira na eleição para o comando da Casa, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), reclamou da interferência do Palácio do Planalto na disputa. Questionado sobre a declaração, Lira afirmou que não fez críticas sobre “interferência de governadores e da Câmara”.

– Eu não estou vendo nenhum deputado publicamente assumir que está tendo interferência. Se vocês olharem no Diário Oficial do Estado de São Paulo, o Diário Oficial da Câmara, vocês vão ver interferência – apontou.

Lira continuou e disse que não é momento de “baixar o nível da campanha”, já que as propostas dos dois candidatos já são conhecidas.

– Cada um sabe o que fala e o que os deputados esperam. Os perfis já estão traçados. Ninguém muda voto de ninguém a uma altura desta. Cada um tem que terminar com a altivez necessária para saber que, no dia 2 de fevereiro, vamos precisar estar juntos para votar as pautas [de] que o Brasil precisa – disse.

O candidato disse também que ainda trabalha para conseguir votos.

– Só resta a mim fazer campanha, mostrar que a gente pode fazer uma gestão diferente e acabar com o excesso de individualismo – explicou.

Questionado sobre a possibilidade de ter apoio de parlamentares do DEM, Lira afirmou que qualquer partido ainda pode unir-se à sua candidatura, já que apenas ele tem um bloco posto até agora.

*Estadão

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