Líder da Aliança LGBTI não critica Damares Alves
Toni Reis preferiu destacar pontos em comum com a pastora cotada para pasta de Direitos Humanos
Ana Luiza Menezes - 04/12/2018 00h01 | atualizado em 04/12/2018 00h04
Em entrevista ao site GNI Brasil, o presidente da Aliança Nacional LGBTI, Toni Reis optou por não criticar a pastora Damares Alves, que foi indicada para o ministério dos Direitos Humanos.
– Não dá para jogar pedras se não houver indicadores para isso. Conheço ela (Damares) pessoalmente, já conversei, já debati várias vezes. Tenho algumas questões que eu gosto como, por exemplo, a política de adoção. A gente concorda. Eu adotei três filhos. Ela adotou uma indiazinha. Ela é contra a pedofilia eu também sou contra. Então temos que ver as similaridades – avaliou.
Toni apontou ainda outros pontos em que concorda com Damares e apontou o diálogo como melhor opção para lidar com a postura conservadora da nova liderança brasileira.
– Também sou contra sexualizar as crianças. Mas sou favorável que sejam discutidas a questão de igualdade entre homem e mulher na escola. Que todos têm o mesmo direito. Nós vamos ter que dialogar, o presidente tem legitimidade para indicar o ministro ou a ministra que mais lhe convier e precisamos respeitar o resultado das urnas. Isso é o processo democrático – declarou.
Porém, ele garante que está atento quanto aos rumos da política nacional.
– Vou fazer o trabalho que tem que ser feito. Qualquer medida que for restringir nossos direitos conquistados, faremos denúncias tanto no Brasil quanto fora. a nossa parte estamos abertos ao diálogo. Queremos o cumprimento da Constituição – afirmou.
Após ser citado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o nome de Damares foi confirmado como mais cotado para a pasta, nesta segunda-feira (3), em declarações do futuro ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Até o momento, 118 entidades pedem a nomeação dela para o cargo, incluindo grejas, organizações não governamentais e associações de classe, além de políticos.
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