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Leilão: Secretário desmente ministro e nega ter se demitido

Segundo Neri Geller, sua saída do Ministério da Agricultura não foi por vontade própria

Thamirys Andrade - 12/06/2024 13h03 | atualizado em 12/06/2024 14h30

Ex-deputado Neri Geller Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, desmentiu o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, negando que tenha pedido demissão de seu cargo. Segundo informações do jornal O Globo, o secretário disse a interlocutores sentir-se injustiçado. Já Fávaro afirmou a pessoas próximas que quis ser “gentil” ao relatar que Geller estava de saída por vontade própria.

A demissão ocorre após o governo anular o leilão para importar arroz sob a justificativa de que as empresas vencedoras não tinham capacidade para cumprir com o acordo. Vale lembrar que o certame milionário foi arrematado por uma mercearia de bairro, uma locadora de carros e fábrica de sorvetes, tendo somente uma quarta empresa com experiência em comércio exterior.

Acontece que a principal corretora desse leilão é a Foco Corretora de Grãos, fundada por um ex-assessor de Geller, Robson Almeida de França. Robson é ainda sócio de Marcello Geller, filho do secretário, em outras empresas.

Em coletiva de imprensa, Fávaro anunciou a exoneração de Geller, narrando que foi a pedido do próprio secretário.

– Hoje pela manhã, o secretário Neri Geller me comunicou, ele fez uma ponderação, que quando o filho dele estabeleceu a sociedade com essa corretora lá de Mato Grosso ele não era secretário de Política Agrícola e, portanto, não tinha conflito. E que essa empresa não está operando, não participou do leilão, não fez nenhuma operação, e isso é fato também. Não há nenhum fato que gere desabono, que gere qualquer tipo de suspeita. Mas que de fato gerou um transtorno, e por isso ele colocou hoje de manhã o cargo à disposição. Ele pediu demissão e eu aceitei – alegou.

Contudo, Geller não queria deixar o posto. Além de se dizer injustiçado, ele também afirmou a interlocutores que defendia o primeiro leilão que teria como objetivo comprar 100 mil toneladas de arroz, volume inferior ao realizado na última quinta-feira (6), que adquiriu 263 mil toneladas do produto, e que acabou anulado por suspeita de irregularidades.

A exoneração de Geller ainda não foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

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