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Lei Paulo Gustavo, que libera R$ 3,8 bi para cultura, é aprovada

Projeto de Lei Complementar passou pela Câmara

Monique Mello - 24/02/2022 17h18 | atualizado em 24/02/2022 18h04

Paulo Gustavo morreu no ano passado, em decorrência da Covid-19 Foto: AgNews

A Câmara aprovou nesta quinta-feira (24) o Projeto de Lei Complementar que libera R$ 3,862 bilhões para os estados, o Distrito Federal e os municípios investirem em ações emergenciais para a recuperação do setor cultural, depois dos impactos sofridos durante a pandemia.

O projeto foi batizado como Lei Paulo Gustavo em homenagem ao ator, morto em maio do ano passado, em consequência da Covid-19. O texto retornará ao Senado.

De acordo com a proposta, de origem no Senado, os recursos para assistir ao setor cultural virão do superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura (FNC). Além disso, o texto estabelece que R$ 2,797 bilhões, alocados originalmente no Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), categoria de programação específica do FNC, serão destinados exclusivamente a ações voltadas para o setor audiovisual no apoio a produções audiovisuais, salas de cinema, cineclubes, mostras e festivais.

Já R$ 1,065 bilhão deverá ser aplicado no desenvolvimento de atividades de economia criativa e de economia solidária; em cursos, produções e ou manifestações culturais; ou no desenvolvimento de espaços artísticos e culturais.

Esses recursos são oriundos da cobrança da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), paga pela própria cadeia econômica do audiovisual.

Os repasses aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios deverão ocorrer em no máximo até 90 dias, a partir da publicação da lei, e poderão ser executados até 31 de dezembro de 2022. O que não for utilizado deve ser devolvido à União até 10 de janeiro de 2023. Porém, se houver algum impedimento em razão de ser ano eleitoral, o prazo será automaticamente prorrogado pelo mesmo período no qual não foi possível usar o dinheiro.

O texto também permite aos entes federados excluírem os recursos recebidos da meta de resultado primário, mudando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O dinheiro será liberado por meio de medida provisória a ser editada pela Presidência da República

VETO DE BOLSONARO
Na semana passada, em 16 de fevereiro, o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciúncula, revelou que o presidente Jair Bolsonaro deveria vetar a Lei Paul Gustavo, caso a Câmara dos Deputados aprovasse a ajuda de R$ 3,8 bilhões para os trabalhadores do setor cultural. Responsável pelas mudanças na Lei Rouanet, Porciúncula chamou de “loucura” a proposta em tramitação no Congresso Nacional.

– Se não tiver pressão popular forte […], [a lei] vai passar. Obviamente, o presidente vai vetar. Já estamos alinhados com o presidente. Ele vai vetar se passar. Mas sempre [se] corre o risco de [os parlamentares] derrubarem o veto. Aí a gente vai judicializar – adiantou o secretário, em conversa com aliados.

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