Lava Jato: Suspeitos de ataque hacker depõem à Justiça Federal
A Operação Spoofing apura o crime cibernético contra autoridades
Pleno.News - 22/05/2021 13h29
Investigados sob suspeita de participação no ataque hacker a celulares de autoridades, incluindo procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, Gustavo Elias Santos e Luiz Henrique Molição prestaram novos depoimentos nesta sexta-feira (21), nas investigações da Operação Spoofing, que apura o crime cibernético.
Eles foram ouvidos por videoconferência pelo juiz Ricardo Leite, da 10.ª Vara Federal de Brasília. Ambos chegaram a ser presos durante as investigações, mas foram liberados após a homologação de acordos de colaboração com a Justiça Federal.
Enquanto Santos nega ter participado das invasões dos celulares, Molição se comprometeu a trazer revelações sobre o hackeamento das autoridades por meio das contas do aplicativo de comunicação Telegram.
– Não tenho participação, nem parte, nem culpa do que aconteceu. Se foi usado no meu perfil, na minha conta, não fui eu. E é uma lógica, se eu tivesse descoberto essa técnica, eu teria utilizado mais vezes, porque o meu login estava ativo até o dia da minha prisão – afirmou Santos, que era DJ e produtor de eventos antes de ser preso.
Molição, que era estudante de Direito, deu sua versão de como Walter Delgatti Neto, conhecido Vermelho, teria invadido os aparelhos.
– Todas as contas que eu tive acesso, já haviam sido hackeadas, e ele só me passava o material obtido ou o acesso – afirmou.
*Estadão
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