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Lava Jato afirma que Temer é chefe de quadrilha há 40 anos

Força-tarefa reuniu informações apuradas de delação premiada

Camille Dornelles - 21/03/2019 13h15 | atualizado em 21/03/2019 19h44

Ex-presidente Michel Temer responde a dez inquéritos judiciais Foto: Alan Santos/PR

De acordo com a delação premiada de José Antunes Sobrinho, dono da Engevix, o ex-presidente Michel Temer é chefe de uma organização criminosa há 40 anos. Agentes da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro reiteraram a afirmação nesta quinta-feira (21).

O juiz federal Marcelo Bretas fez a mesma afirmação, de que Temer seria chefe de quadrilha, em seu despacho.

O empresário Joesley Batista, da JBS, também já havia feito as mesmas alegações em 2017. Em entrevista à revista Época, ele afirmou que o ex-presidente comandava a “quadrilha mais perigosa do Rio de Janeiro”.

– Essa é a maior e mais perigosa organização criminosa deste país. Liderada pelo presidente. O Temer é o chefe da Orcrim (organização criminosa) da Câmara. Temer, Eduardo, Geddel, Henrique, Padilha e Moreira. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto. Essa turma é muito perigosa. Não pode brigar com eles. Nunca tive coragem de brigar com eles – declarou, na ocasião.

OPERAÇÃO DESCONTAMINAÇÃO
O ex-presidente foi preso pela Descontaminação, da Operação Lava Jato, nesta quinta-feira em São Paulo. O mandado de prisão foi cumprido após expedição do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Temer foi citado em delação premiada do delator José Antunes Sobrinho, da construtora Engevix. Segundo as denúncias, o ex-presidente teria conhecimento do pagamento de cerca de R$ 1 milhão de propina ao ex-ministro Moreira Franco. Os pagamentos ilícitos teriam sido feitos durante negociações da usina de Angra 3.

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