Lamartine Holanda é exonerado do comando da Funarte
Segundo o secretário especial de Cultura, Mário Frias, a saída foi motivada pela "necessidade de reestruturação" da instituição
Paulo Moura - 01/04/2021 12h17 | atualizado em 01/04/2021 13h00

O coronel da reserva do Exército, Lamartine Barbosa Holanda, foi exonerado do cargo de presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte). A decisão consta de portaria da Casa Civil publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de quarta-feira (31).
Holanda estava à frente da Funarte desde setembro do ano passado e foi o quinto chefe do órgão na gestão do presidente Jair Bolsonaro. O coronel entrou no lugar de Luciano Querido, que foi assessor de Carlos Bolsonaro na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. O Diário Oficial não traz a nomeação do novo presidente da fundação.
Em nota oficial publicada em sua conta no Twitter, o secretário especial de Cultura, Mário Frias, afirmou que a mudança no comando da Funarte foi motivada por uma “necessidade de reestruturação” da instituição.
– Iniciamos os trabalhos para que todos tenham acesso às políticas culturais de forma clara, rápida e objetiva. Este é o primeiro passo para mudanças necessárias em busca da popularização da cultura – afirmou.
A Funarte é a fundação responsável por promover e incentivar a produção cultural. Antes do coronel Holanda e de Luciano Querido, passaram pelo cargo o maestro Dante Mantovani, em duas ocasiões, e o pianista Miguel Proença. Mantovani, inclusive, fez uma publicação no Twitter, nesta quinta-feira (1°), em que acusou o militar da reserva de perseguir uma servidora da instituição.
– Coronel Lamartine Barbosa foi exonerado hoje da Presidência da Funarte Motivo: foi avisado das irregularidades na Escola Nacional de Circo e ao invés de tomar providências perseguiu e exonerou a servidora (bolsonarista) que apresentou a ele as denúncias – escreveu Mantovani.
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